Empresa de capitalização nega uso indevido de instituição de caridade

Em nota, o AmapaCap diz que entidade que recebe apoio é espaço de acolhimento para crianças e adolescentes
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RODRIGO INDINHO

Um suposto comunicado da Casa da Hospitalidade – Abrigo, afirmando que o AmapáCap nunca prestou nenhum tipo de ajuda para a instituição, teria sido colocado na entrada do prédio e, posteriormente, nas redes sociais. O folheto gerou grande polêmica no último fim de semana.

A empresa que realiza sorteios através de títulos de capitalização no Estado afirma em suas propagandas que ajuda uma instituição com o mesmo nome e alega que houve confusão de informações.

Cartaz divulgado nas redes, supostamente colocado na entrada da Casa da Hospitalidade – Abrigo Foto: redes sociais

Em nota, o AmapáCap diz fazer sorteios em favor das crianças e adolescentes mantidos pela Associação Casa da Hospitalidade, instituição sediada na Avenida José de Anchieta nº 360, Bairro Hospitalidade, cidade de Santana, registrada sob o CNPJ: 12.704.750/0001-23.

“A parceria começou em julho de 2018 e foi apresentada ao público (…) Desde o início dos trabalhos em conjunto, todas as semanas, o AmapaCap vem regularmente repassando os valores correspondentes a cada sorteio sem qualquer falha”, diz a nota.

A empresa afirma ainda que, a Casa da Hospitalidade – Abrigo, atualmente dirigida pelo Padre Luigi Brusadelli, é outra instituição assistencial, registrada sob outro CNPJ, e que atende a idosos, totalmente distinta daquela que tem parceria com o AmapáCap.

“Este asilo não tem nem nunca teve relação nenhuma com o AmapáCap e jamais foi nominado em qualquer matéria, entrevista ou peça promocional”, complementa a nota.

Casa da Hospitalidade de Santana é a instituição que recebe o apoio da empresa de capitalização. Foto: Fernando Santos/arquivo SN

O comunicado finaliza alegando que AmapáCap nunca foi procurado pelo asilo para fins assistenciais ou parceria, sendo este é o único motivo pelo qual nunca foi ajudado financeiramente. Todas as demais instituições que buscaram apoio e comprovam trabalho em prol dos necessitados de diversas cidades do Amapá foram e continuam sendo assistidos regularmente, afirma a empresa.

O portal SelesNafes.com conversou por telefone com a gerente da empresa, Fabiane Lucena.

“Foi um mal-entendido, pois não existe contrato com aquela instituição, então é uma fake news. O padre fez o aviso e nas redes sociais se gerou um tumulto pelas instituições terem praticamente o mesmo nome. Reafirmamos nosso compromisso com as instituições parceiras e com a sociedade amapaense”, disse.

Foto de capa: Rodrigo Indinho

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