História debaixo de mato

Na manhã desta quarta-feira (27), técnicos do Ministério Público inspecionaram a histórica Escola Barão do Rio Branco, que já deveria estar em obras
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RODRIGO INDINHO

O Ministério Público do Estado do Amapá (MPE) voltou a cobrar do Governo do Amapá o início das obras da Escola Estadual Barão do Rio Branco. A unidade escolar é uma das mais tradicionais da rede pública do ensino amapaense e está interditada para obras de reconstrução desde 2014. Atualmente, a escola desenvolve suas atividades em um prédio alugado, no Centro de Macapá.

Técnicos discutem sobre a retomada das obras durante inspeção

Na manhã desta quinta-feira, 27, uma comitiva composta por técnicos do MPE e Secretarias de Estado da Infraestrutura (Seinf), e de Inclusão e Mobilização Social (Sims), inspecionaram as dependências do prédio original, localizado na avenida FAB, no Centro da capital. O MPE quer que as obras iniciem imediatamente.

Mato tomou conta do prédio, interditado desde 2014

De acordo com o promotor público Roberto Alvares, a escola perdeu a capacidade de abrigar aproximadamente 600 desde que começou a funcionar no prédio alugado.

Promotor Roberto Álvares: “Queremos o início imediato dessas obras”

“Aqui, de 580 a 600 alunos deixam de estudar na Barão do Rio Branco por conta do prédio alugado que não suporta a demanda que a escola deveria receber. Hoje o prédio no qual a escola funciona só atende 600 alunos, enquanto que o antigo prédio abrigava até 1180”, informou.

Vista do que um dia foi a quadra esportiva da escola

Ele reclama que, apesar da ordem de serviço, que autoriza o início das obras, ter sido emitida no dia 17 de dezembro a empresa que venceu a licitação ainda não iniciou a construção.

Lixo deixado por invasores, usuários de drogas e moradores de rua

“Nós já estamos no fim de dezembro e não estamos vendo a empresa contratada no canteiro de obras”, reclamou o promotor.

Inspeção ocorreu na manhã desta quinta-feira (27)

Ele avisou que, a partir de janeiro, pelo menos duas visitas semanais serão feitas em prédio educacionais que sejam alvo de reclamações da comunidade escolar quanto às condições físicas.

Portas fechadas: escola antiga abrigava mais de 1 mil alunos

O secretário de Estado da Infraestrutura, Alcir Matos, que acompanhou a inspeção, garantiu que as providências para o começo dos trabalhos serão tomadas antes do fim do ano. Ele explicou os motivos da empresa ainda não ter entrado no canteiro de obras.

Secretário Alcir Matos garantiu que as providências para o começo dos trabalhos serão tomados antes do fim do ano

“A empresa havia alegado a ocupação permanente do prédio por usuários de drogas como contratempo para o início das obras. Por isso, juntamente com o MPE, nós viemos fazer uma visita para comprovar se a alegação da empresa é realmente um motivo preponderante para que as obras ainda não tenham iniciado. Nós vamos encaminhar essas pessoas para a assistência social do Estado, com tratamento para quem é dependente químico e encaminhamento para futura moradia para quem é sem teto e aluguel social”.

Mato e lixo estão por toda parte do terreno e do prédio

Segundo o secretário o investimento será de aproximadamente R$ 6 milhões. O prazo da obra é de 400 dias – um ano, um mês e cinco dias. O prédio original da Escola Estadual Barão do Rio Branco foi inaugurado em 1946.

Fotos: Rodrigo Indinho/SN

Seles Nafes
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