SELES NAFES
Policiais civis do Amapá conseguiram localizar e prender a mãe condenada pela morte do próprio filho, que tinha apenas dois anos de idade. Ela estava escondida no município de Mazagão, a 34 quilômetros, e está grávida de seis meses.
O crime ocorreu em 6 de setembro de 2011. Na época, Manoel Ricardo Medina dos Santos foi atendido inconsciente e em estado grave no Hospital da Criança e do Adolescente, e foi logo internado na UTI.
De acordo com inquérito realizado pela Delegacia de Repressão a Crimes Contra Crianças e Adolescentes (Derrca), a mãe, Camila Medina dos Santos e o marido, que era o padrasto, omitiram informações sobre as fraturas pelo corpo do menino, atrasando o diagnóstico exato e o início do tratamento mais adequado.
Apesar de todo o esforço dos médicos, a criança acabou morrendo no hospital. O laudo necroscópico acusou politraumatismo. O casal foi denunciado pelo Ministério Público do Estado que se baseou no inquérito e no depoimento de uma das médicas que tratou da criança. Ela revelou que os exames detectaram hematomas chocantes na criança, especialmente na cabeça, costelas e clavícula.
Camila Nedina dos Santos foi condenada a 6 anos e oito meses de prisão em regime fechado por maus tratos triplamente qualificados que resultaram na morte da criança. No entanto, ela fugiu de Macapá, e foi encontrada apenas ontem.
“A gente não encontrava ela no endereço do Bairro dos Congós, mas conseguimos localizá-la em Mazagão, onde vive com o padrasto da criança com quem teve mais dois filhos”, explicou o delegado Alan Moutinho, chefe do Núcleo de Operações e Inteligência (NOI) da Polícia Civil.
O padrasto da criança chegou a ser denunciado também por participação nos maus-tratos da criança, mas não foi condenado.
Depois de ser levada para o Ciosp do Pacoval, Camila Medina passou mal e foi levada para a Maternidade do Hospital da Mulher.