RODRIGO INDINHO
Um grupo de manifestantes participou na manhã desta quinta-feira (13) de um ato contra o aumento da tarifa de energia elétrica no Amapá. Cerca de dez pessoas aderiram ao movimento.
A iniciativa se deu após a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizar na última terça-feira (11), a Companhia de Eletricidade do Amapá (CEA) a reajustar a tarifa. O aumento para consumidores residenciais será de 5,33%.
Karlyson Rebolça: movimento busca pressionar autoridades a vetar aumento Fotos: Rodrigo Indinho
Convocados pelo “Movimento Brasil Livre Amapá” (MBL/AP) e “Me Solta Amapá”, os participantes iniciaram o ato em frente à CEA e seguiram para o Centro de Convenções João Batista de Azevedo Picanço, onde estão acontecendo provisoriamente as atividades da Assembleia Legislativa do Estado. O objetivo foi chamar a atenção do poder público para vetar o aumento.
“Vivemos num período de transição da bandeira vermelha para a verde, ou seja, o correto era diminuir e não aumentar. O movimento popular é para pressionar os deputados, senadores e o governador que têm autonomia para vetar esse reajuste, claro, sempre de maneira pacífica e ordeira para que a voz do povo chegue até eles”, disse um dos organizadores, Karlyson Rebolça.
Adler Neves (camisa preta, à esquerda): privatização seria saída para crise da CEA
O outro líder do movimento, Adler Neves, acredita que por ser um dia de semana as pessoas não compareceram em massa por estarem trabalhando, mas que na web o movimento é grande. Ele afirma que a luta continuará.
“Continuaremos nos posicionando e cobrando para que de fato aconteça a privatização da distribuição da CEA e para que seja vetado esse reajuste. Nossa hidrelétrica tem capacidade de produzir e distribuir energia para diversos locais, mesmo assim querem jogar nas costas dos mais pobres. Não estamos falando de controle de preços e sim que dá para ser cortado de outros espaços, como de privilégios dos políticos”, concluiu.
Grupo ocupou escadaria da Alap
Oficialmente, a CEA atende mais de 205 mil unidades consumidoras, entre residências, empresas e órgãos públicos no Amapá.
O aumento entrará em vigor a partir da data da publicação no Diário Oficial da União. Para a indústria, o reajuste será de 2,22% e para outras empresas de 5,35%.