Paciente com câncer faz campanha por compra de ultrassom para Unacon

Com somente um aparelho na unidade, espera por atendimento demora e prejudica tratamentos, diz Lidiane Alves Barbosa
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ANDRÉ SILVA

Uma paciente com câncer, em tratamento no Amapá, divulgou um vídeo nas redes sociais pedindo ajuda de empresários para comprar aparelho de ultrassonografia para Unidade de Unidade de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon).

O Hospital de Clínicas Alberto Lima (Hcal), onde fica a unidade, tem um aparelho, mas para conseguir agendar exames, ela disse que precisa esperar muito e por isso acaba pagando pelo exame em clínica particular.

No vídeo, com pouco mais de seis minutos, ela faz o apelo. Assista.

A luta de Lidiane

Lidiane Alves Barbosa, de 36 anos, descobriu que estava com câncer há um ano e meio, depois de um exame de rotina. A constatação da doença veio depois que ela fez uma ultrassonografia da mama.

Unidade funciona atualmente com apenas um ultrassom Foto: arquivo SN

Depois que descobriu a doença, contou que ficou sem chão e só com a ajuda dos familiares e amigos conseguiu forças para dar continuidade ao tratamento.

“É como você receber uma sentença de morte. Eu posso dizer que sou muito abençoada por Deus. Eu tenho uma família maravilhosa. Tenho amigos maravilhosos e eles são essenciais no meu processo de tratamento. Minha família e amigos são meu porto seguro”, contou Lidiane Barbosa.

Lidiane com outras pacientes da Unacon: dificuldades no atendimento Foto: arquivo pessoal

O pedido de ajuda

A ideia de gravar o vídeo e dar início à campanha, conta a paciente, veio depois que ela precisou fazer um procedimento cirúrgico em uma das mamas, mas para isso precisaria de um exame de ultrassonografia para que o médico pudesse operar o local exato.

“O aparelho que existe no prédio é do Hcal. A Unacon não tem um. Quando a médica foi me examinar, disse que não podia fazer a retirada de uma secreção do meu seio sem o aparelho. Eu tive que procurar atendimento particular porque se fosse esperar pelo Hcal eu poderia nem fazer o procedimento e o líquido ia ficar dentro do meu seio, o que seria pior”, lembrou a paciente.

Foto de capa: arquivo pessoal

Seles Nafes
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