DA REDAÇÃO
A Polícia Civil do Amapá divulgou nesta sexta-feira (21) que 10 pessoas já estão indiciadas em inquéritos que apuram o despejo irregular de lixo em vários municípios. Os procedimentos estão sendo apurados pela Delegacia do Meio Ambiente (Dema) há três meses.
A estimativa e de que a quantidade de pessoas responsabilizadas em todo o Estado por este tipo de crime chegue a 50, com penas que poderão chegar a 4 anos de prisão.
“Fizemos a parte educativa para mostrar a importância de não poluir o meio ambiente. Agora entramos na parte de reprimir essas ações e buscar punições para as pessoas que forem flagradas jogando lixo em locais públicos”, comentou o delegado Leonardo Brito, da Dema.
A maior parte dos casos investigados ocorreu na abandonada Rodovia Norte-Sul, que já deveria estar ligando a BR-210 à Rodovia Duca Serra, se a obra não estivesse parada há quase cinco anos.
Por se tratar também de uma área sob influência da Infraero, uma ação civil pública corre na Justiça Federal para responsabilizar a União.
Acidentes aéreos
Uma das principais preocupações com o depósito de lixo na rodovia são os choques entre aeronaves e urubus.
“(…) se caso houver um acidente em que essa ave entre na turbina do avião isso poderá causar um incidente sem precedentes no Amapá”, alertou o delegado.
Carros descaracterizados da Polícia Civil estão monitorado a rodovia, segundo ele. Em novembro, funcionários de uma construtora chegaram a ser presos depositando entulhos no local. A empresa foi multada e está sendo processada.
Outras lixeiras “viciadas” foram mapeadas pela Dema:
Avenida 1º de Maio, no Bairro do Buritizal
18ª Avenida do Bairro Marabaixo III
Lixeira pública de Santana, que oficialmente está desativada, mas que na prática continua recebendo lixo
Duas prisões ocorreram em Oiapoque, cidade a 590 km de Macapá. Em Laranjal do Jari, a 268 km da capital, foram encontrados restos de material hospitalar. Um inquérito apura a responsabilidade.