SELES NAFES
A crise parece não ter mais fim no PT do Amapá. Depois de ter suspenso o registro partidário e perder a vaga de vice na chapa do PSB, o partido descobriu que a encrenca do fundo partidário é maior do que se imaginava, e iniciou uma apuração interna que poderá resultar na expulsão do ex-presidente da legenda, Joel Banha.
O movimento é puxado pelo atual presidente do PT, Antônio Nogueira, que diz ter encontrado problemas na prestação de contas não apenas do exercício de 2016, mas de 2014, 2015 e até de metade de 2017. Ele assumiu o comando do partido no segundo semestre de 2017. Foi a ausência de prestação de contas que inviabilizou a permanência do partido na eleição.
“Não estamos escondendo nada. Vamos resolver isso tudo. Será um trabalho muito grande, difícil, mas que será feito. (….)”, afirmou Antônio Nogueira.
Ele confirmou que o PT abriu processo interno de apuração que irá avaliar a defesa apresentada por Joel Banha. Nogueira disse que a decisão será da plenária. O Portal SelesNafes.Com não conseguiu contato com o ex-presidente.
Ex-presidente do PT, Joel Banha, é acusado de não prestar contas do fundo partidário. Fotos: Arquivo/SN
O PT precisou fazer um acordo com o TRE para regularizar o exercício de 2016, e está devolvendo R$ 10 mil por mês ao Tesouro Nacional. A conta está sendo paga pelo PT nacional. Ao todo, a dívida de 2016 é de R$ 800 mil.
Campanha
O PT deve lançar no início do ano uma campanha para arrecadar dinheiro entre os filiados. Dos 19 mil militantes em todo o Estado, apenas menos de cinco mil estariam contribuindo mensalmente para a legenda.
O fundo partidário, que está suspenso, garantia um orçamento mensal de R$ 33 mil, que era suficiente para custear despesas com aluguéis, funcionários e fornecedores.
“Na semana que vem a comissão criada para discutir esse assunto vai apresentar uma proposta de como poderemos fazer essa arrecadação para estarmos regularizados em 2019 e termos condições de disputar as eleições de 2020”, concluiu.