SELES NAFES
Pela primeira vez na história da rede pública do Amapá, uma unidade de saúde de urgência e emergência poderá suspender o atendimento ou até fechar as portas. A empresa contratada para gerenciar os profissionais que atendem na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Sul de Macapá iniciou o processo de demissão de médicos e pessoal de enfermagem. O motivo é atraso no repasse do governo do Estado para manutenção do contrato.
Ao todo são 22 médicos e 60 outros profissionais, entre enfermeiros, técnicos de enfermagem, de radiologia e auxiliares. A UPA foi inaugurada pelo governo em maio deste ano para ser gerenciada a partir de um novo modelo de gestão, o da terceirização a uma organização social de saúde (OSS).
A OSS chamada para assumir o comando da UPA foi a IBGH, que “quarteirizou” a contratação de pessoal especializado para atuar na UPA. A empresa escolhida foi a Medial Brasil, de Goiânia (GO).
Segundo fontes consultadas pelo Portal SelesNafes.Com, a empresa não recebe pagamentos há quatro meses, e mesmo assim manteve os salários em dia, incluindo o pagamento da primeira parcela do 13º salário.
“Só não pagou a segunda parcela do décimo porque não teve condições, já que não recebe há bastante tempo”, confirmou um dos funcionários contratados pela empresa. Outro seis profissionais ouvidos confirmaram a mesma versão.
Os médicos e técnicos começaram a cumprir aviso prévio no último dia 19, e deverão continuar trabalhando até o dia 23 de janeiro.
A UPA é uma espécie de mini pronto-socorro. Atende urgência e emergência em casos que vão desde uma diarreia até vítimas de acidentes de trânsito. São cerca de 7 mil atendimentos por mês, e cerca 250 por dia. Com essa crise, as equipes limitaram o atendimento a casos de emergência.
O Portal SelesNafes.Com aguarda um posicionamento da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa), que ficou de se posicionar sobre o assunto ainda pela manhã, mas ainda não enviou resposta.