SELES NAFES
Horas depois que viralizou o vídeo que mostra um policial militar agredindo a esposa a socos e tapas, durante um passeio na terça-feira de Natal (25), o PM responsável pelas agressões foi preso.
O vídeo foi gravado debaixo da Ponte do Rio Matapi, no limite entre os municípios de Macapá, Santana e Mazagão, durante um passeio.
É possível ouvir uma música alta, enquanto o cabo Rômulo Gaia Silva leva a esposa para trás de um carro e inicia a sessão de tapas e socos no rosto da vítima, que fica paralisada. Outra mulher assiste passiva as agressões.
Depois de vários golpes, um homem surge na imagem e agride o policial militar que saca uma arma e a pessoa que está filmando abaixa o celular. É possível ouvir um tiro.
O homem foi ferido com um tiro no pé, enquanto o cabo da PM fugiu do local. Ele foi preso por uma guarnição do 4º Batalhão no município de Santana, cidade a 17 km de Macapá, e depois apresentado na Delegacia de Crimes Contra a Mulher (DECCM), onde foi autuado em flagrante por violência doméstica e lesão corporal grave. Uma audiência de custódia na quinta-feira (27) irá decidir se o militar responderá em liberdade ou preso.
O Portal SelesNafes.Com entrou em contato com o advogado da Associação de Militares do Amapá (Asmeap), mas ele está em férias e não soube informar qual advogado ficará responsável pelo caso. O tenente Machado, presidente da Asmeap, está com o telefone desligado.
Posicionamento da PM
O comando da Polícia Militar divulgou uma nota à imprensa informando que logo depois do disparo de arma de fogo equipes iniciaram as buscas ao cabo, que já era considerado foragido.
O cabo Rômulo Gaia Silva está em período de férias, de acordo com a nota, e não teria utilizado uma arma de fogo da corporação.
“Assim que o policial for encontrado terá o porte de arma suspenso. A PM/AP já instaurou um procedimento administrativo para apurar o fato. (…) A vítima do disparo sofreu uma lesão no pé, foi socorrida e levada para o hospital onde passa por uma cirurgia, mas não corre risco de morte”, comentou a nota.
A PM ressaltou ainda que é contra qualquer tipo de violência contra a mulher, e “reitera que a atitude do militar é um caso isolado e não representa os 3.400 policiais da corporação que arriscam suas vidas para servir e proteger a população”.