Por OLHO DE BOTO
O agente penitenciário acusado de matar um promotor de vendas durante uma festa no interior do Amapá, no último fim de semana, se apresentou na Delegacia de Polícia do Interior, no Bairro Santa Rita, em Macapá, e ficou em silêncio durante o depoimento ao delegado Sandro Torrinha. Mesmo assim, ele foi indiciado pelo homicídio.
Acompanhado de um advogado, Glauber Gibson evocou o direito de se manifestar apenas em juízo, ou seja, falará somente durante o trâmite do processo na justiça. Informalmente, no entanto, em conversa com agentes, ele alegou que a morte teria sido acidental durante uma luta corporal com a vítima e outras pessoas.
O agente, que exibiu marcas de agressões pelo corpo, alegou que a vítima e outras pessoas na festa tentaram tirar a arma que ele carregava, momento em que a pistola teria disparado atingindo o promotor de vendas duas vezes. Uma mulher foi ferida na perna e continua internada no HE.
A briga, que terminou com a morte do promotor de vendas Elison Miranda Cardoso, de 26 anos, ocorreu na madrugada do último domingo (27), no Distrito do Carmo do Macacoari, no município de Itaubal, cidade a 140 km de Macapá.
A festa é bastante tradicional, mas também é considerada pela Polícia Militar um evento comemorativo com muitos casos de violência. Por isso, no dia da festa, a PM intensificou as barreiras de trânsito no acesso para a Rodovia AP-70, principal ligação entre Macapá e Itaubal.
Após o depoimento, o agente penitenciário, que estava sendo procurado desde o homicídio, foi liberado para responder ao processo em liberdade. A direção do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen) ainda não se pronunciou publicamente sobre o assunto.