Por OLHO DE BOTO
Dois homens ainda não identificados foram mortos num confronto com equipes do Batalhão de Força Tática da Polícia Militar do Amapá, na noite desta segunda-feira (21). Eles tinham roubado um veículo de aplicativo dirigido por uma motorista.
O carro foi roubado na noite de sábado (19), no Bairro do Muca, zona sul de Macapá, quando a motorista parou num semáforo e foi surpreendida pelos bandidos armados. Ela foi obrigada a sair do carro e entregá-lo aos criminosos.
Na noite desta segunda-feira, o carro roubado, um Sandero prata, foi visto por um motorista de aplicativo e outros colegas de profissão decidiram seguir o veículo roubado. Não demorou para que virasse uma arriscada perseguição com os criminosos avançando sinais e disparando contra os motoristas que já tinham acionado a PM.
“Atiraram para gente se afastar deles e tinha muito carro atrás. Ficou mais intenso na Eletronorte, foi quando eles entraram pela ponte que acessava o Bairro do Nova Esperança”, comentou um motorista que estava na perseguição.
O carro foi seguido até o início de uma área de pontes da Avenida Antônio Coelho de Carvalho, próximo da Eletronorte, no Bairro Santa Rita. Eram 20h. Os PMs encurralaram o veículo e deram ordem para que os criminosos se rendessem.
“Nós demos ordens, mas eles já desceram do carro correndo e atirando contra os policiais que continuaram no encalço dos infratores até uma residência. Um deles ficou debaixo da casa (na Avenida José Castro) fazendo disparos contra a equipe e foi alvejado”, comentou o comandante da Força Tática, tenente-coronel André Luiz.
O comparsa fugiu pulando quintais das residências, até ser alcançado num quintal da Avenida Secundino Campos, já no Bairro Nova Esperança.
“Foi dada a oportunidade para ele se entregar, mas ele continuou atirando”, explicou o comandante da Força Tática. Os dois criminosos foram socorridos pelo Samu, mas não resistiram aos ferimentos.
Cultura preocupante
Dois revólveres de calibre 38 foram apreendidos com seis munições deflagradas. O episódio ilustrou mais uma vez uma cultura preocupante entre os criminosos do Amapá, o de sempre reagir durante as intervenções policiais.
“Eles estão sempre optando pelo confronto com os agentes do Estado. Estão em desvantagem porque os policiais têm treinamento. Seria mais fácil se entregarem, mas virou rotina no nosso Estado os infratores não obedecerem às ordens”, concluiu o oficial.
A PM acredita que entre sábado e segunda-feira os criminosos usaram o carro roubado para cometer crimes na capital. Os corpos dos assaltantes permanecem sem identificação no instituto médico legal da Politec.