Por OLHO DE BOTO
A família do promotor de vendas morto em uma festa no distrito do Carmo do Macacoari, no município de Itaubal, distante 140 km de Macapá, acusa um agente penitenciário, ocorrido na madrugada de domingo (27).
Elison Miranda Cardoso, de 26 anos, foi morto a tiros na festa que é muito tradicional na cidade. A acusação sobre a autoria da morte ainda não foi repassada para a Polícia Civil.
De acordo com testemunhas, o crime ocorreu após a vítima tentar acalmar os ânimos do atirador que estaria empurrando algumas pessoas. Elison teria estendido a mão, oferecendo uma latinha de cerveja ao atirador, que rejeitou o gesto com violência. Houve revide e luta corporal.
O criminoso sacou a arma e disparou várias vezes em direção ao jovem, que foi atingido com dois tiros, um no rosto e outro no abdômen. Ele ainda foi socorrido, mas não resistiu.
O criminoso fugiu atirando e ainda atingiu mais duas pessoas que estavam na festa. Uma delas permanece internada no Hospital de Emergência de Macapá.
Os familiares da vítima relatam que neste domingo procuraram a Polícia Civil para comunicar o fato, mas não foram atendidos. Eles foram encaminhados à Delegacia de Polícia do Interior, no Bairro Santa Rita, em Macapá, porém, não havia delegado de plantão.
“O assassino do meu irmão já estava querendo briga, ele estava esbarrando nas pessoas, querendo só um motivo para brigar. Meu irmão foi apaziguar, tentar conversar com ele, e tudo aconteceu. O atirador seria um agente penitenciário. Já nos informaram que ele tem dois homicídios”, comentou a irmã da vítima, Elesandra Miranda.
“Meu irmão trabalhava desde os 12 anos de idade. A gente quer justiça”, acrescentou.
O pai do promotor de vendas disse que não pensa em retaliação, mas deixou claro que o momento do agressor chegará.
“Não queremos vingança. Queremos que a justiça seja rápida. Cedo ou tarde ele vai pagar. A morte dele vai ser mais triste que a do meu filho”, sentenciou.
O sepultamento foi marcado para as 16h, no Cemitério São Francisco de Assis, na BR-210. Velório está sendo realizado em uma igreja evangélica, no Bairro Renascer.
“Era um rapaz trabalhador que estava procurando vencer na vida. Era respeitoso. O motivo foi fútil. (…) Até agora a gente não sabe direito o que levou esse rapaz a fazer isso. Que sejam apurados os fatos e a justiça feita”, pediu o amigo da vítima, Ângelo Máximo.
A família ficou de conversar durante esta manhã com o delegado de homicídios de Macapá, Welington Ferraz, para revelar o nome do agente penitenciário.