O que um turista não quer ver na “capital do meio do mundo”

Monumento do Marco Zero do Equador, assim como outros pontos de visitação, está abandonado, quando deveria estar gerando emprego e atraindo visitantes
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Por SELES NAFES

Claro que qualquer capital que se preze almeja atrair turistas, especialmente as cidades que possuem origens atípicas como a nossa, sem falar no conjunto de monumentos, gastronomia, belezas naturais e hospedaria. Macapá tem tudo isso, menos zelo com os pontos de visitação.

Não existe a mínima preocupação do poder público em manter esses locais limpos, organizados e com serviços para os visitantes. Um dos maiores exemplos é o que ocorre agora com o Monumento do Marco Zero do Equador.

A sensação de estar no meio do mundo, pisando ao mesmo tempo nos hemisférios norte e sul, é rapidamente substituída pela triste sensação de abandono. O mato toma conta do torno o entorno do monumento, causando uma péssima impressão para quem chega de fora.

E não é só o desconforto visual. O visitante corre sério risco de sofrer um acidente nos fios elétricos das luminárias ornamentais que foram desativadas do lado de fora do prédio. Um acidente é questão de tempo.

Monumento do Marco Zero do Equador, um dos locais mais visitados da capital. Fotos: Seles Nafes

Por todos os lados o mato toma conta

Do lado de dentro funciona uma pequena e acanhada representação da Casa do Artesão, com pouquíssimas opções de lembranças para os turistas.

E aqui vai uma crítica construtiva: é preciso melhorar (e muito) o design do artesanato amapaense, especialmente o de cerâmica. As peças são muito rudimentares, com pouca criatividade. É preciso oferecer objetos mais bonitos que façam valer a pena o esforço de comprar e levar com orgulho para o Estado natal uma lembrança da Linha do Equador.

O local, assim como outros pontos de visitação, é administrado pela Secretaria de Turismo do Estado (Setur). A secretaria, comandada por Vicente Cruz, se organizada para terceirizar o local permitindo a exploração comercial (a ser explicado mais tarde em uma reportagem).

Fios com fita nas pontas, o que indica que há energia nos cabos

Estacionamento tomado por mato

Mesmo assim o local atrai visitantes

Uma empresa séria e organizada poderia cobrar até R$ 3 por visitante, isentando a comunidade escolar local. Em contrapartida, a concessionária poderá organizar programações culturais, exposições e outros eventos que atraíam o público pagante, assim como contratar guias. Essa atividade já será o suficiente para gerar uma receita capaz de manter bonito na foto um dos nossos maiores símbolos.

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