SELES NAFES
O policial militar Rômulo Gaia Silva, filmado batendo na esposa no fim do ano passado, se entregou à Polícia Civil do Amapá depois de uma semana na condição de foragido. Ele estava com a prisão preventiva decretada desde o dia 28 de dezembro, a pedido do Ministério Público do Estado.
O MP alegou risco de fuga para embasar o pedido de prisão. As agressões ocorreram na manhã de Natal, debaixo da Ponte do Rio Matapi, no limite entre os municípios de Macapá, Santana e Mazagão. O casal havia amanhecido junto com outras pessoas que estavam se divertindo às margens do rio quando houve o desentendimento.
A esposa levou vários tapas no rosto até que um taxista resolveu interferir e levou um tiro no pé. O PM fugiu e só foi encontrado quase dois dias depois, escondido em um imóvel em Santana.
Como havia passado o período de flagrante (24), ele prestou depoimento, pediu desculpas à companheira e foi liberado, apesar do indiciamento por lesão corporal (causado pelo tiro) e enquadramento na Lei Maria da Penha. A defesa do acusado diz que ele agiu em legítima defesa, no caso do tiro disparado contra o taxista.
Por volta das 14h desta sexta-feira (5), ele se apresentou acompanhado do advogado na 1ª Delegacia de Polícia de Santana, e foi encaminhado para o Centro de Custódia do Bairro do Zerão, em Macapá, onde ficam os servidores públicos que cumprem penas ou respondem a processos.
O comando-geral da PM informou que o papel da corporação já foi encerrado, por enquanto, e que só voltará a se pronunciar quando o processo estiver encerrado. Em caso de condenação, Rômulo Gaia será submetido ao conselho de disciplina da PM.