DA REDAÇÃO
A morte do soldador Werlen Camilo Monteiro, de 48 anos, que trabalhava com montagens de fachadas e iluminárias de empreendimentos, voltou a levantar a questão sobre a negligência quanto aos procedimentos de Segurança do Trabalho.
Ele morreu nesta sexta-feira, 19, quando instalava, com solda, a estrutura de uma fachada próximo a uma farmácia na avenida Padre Júlio, com a rua Marcelo Cândia, no bairro Santa Rita, na região oeste de Macapá.
Segundo relatos, ele estava em um andaime quando, um dos cabos do aparelho de soldagem tocou, acidentalmente, na rede elétrica de distribuição – onde a tensão é da faixa de 13 mil volts – e o trabalhador acabou recebendo uma descarga elétrica. Werlen ficou desacordado.
Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). A equipe de socorristas ainda tentou reanimá-lo. Werlen morreu a caminho do Hospital de Emergência (HE) de Macapá.
O Portal SelesNafes.Com consultou a técnica em Segurança do Trabalho, Alcemira Magave, que analisou o caso e destacou que, infelizmente, a situação é comum.
“Isso acontece muito com atividade de soldagem, situação que é comum não se fazer análises de risco, não se chamar um profissional para se fazer os bloqueios necessários na eletricidade, principalmente em andaimes”, avaliou a técnica.
Ele fez uma análise do caso de Werlen.
“Qualquer atividade que é realizada com eletricidade tem que ter o aterramento. Pelo que pudemos perceber, o andaime não estava aterrado, o que é contra normas de segurança. Nesses casos, o andaime, que é feito de material condutor de eletricidade tem que estar aterrado. Também é recomendável que o trabalhador, quando estiver trabalhando à altura acima de dois metros, use o cinto de segurança”, analisou Magave.
Fotos: Divulgação