Por OLHO DE BOTO
Na madrugada desta terça-feira (12), o principal suspeito de autoria do latrocínio contra o cabo Sandro Ataíde, da Polícia Militar do Amapá, foi preso no Porto do Grego, no município de Santana, a 17 quilômetros de Macapá.
Militares da Rotam, com apoio do serviço de inteligência da Delegacia Especializada em Crimes Contra o Patrimônio (DECCP), localizaram o detendo do Iapen, do regime domiciliar, Glebson Felipe Pinto e Pinto, de 21 anos, por volta de 4h.
O criminoso, que tem passagem por roubo, estava com a mesma camisa usada no dia do crime. Segundo a polícia, ele planejava fugir em uma embarcação que sairia ao amanhecer para Belém do Pará quando foi surpreendido pela polícia.
O policial militar foi assassinado a tiros com a própria arma, na madrugada de segunda-feira (11), no Bairro do Trem, área central da capital.
A pistola calibre 40 que Pinto teria roubado do PM e que teria sido utilizada no crime não foi encontrada. Ele relatou que vendeu a arma por R$ 1,5 mil a um homem conhecido como “Maraca”.
o caso é Investigado pelo delegado Celso Pacheco, da DECCP.
Preso fala em desentendimento como motivação
De acordo com o coronel Paulo Matias, comandante do Bope, o criminoso confessou o crime e deu detalhes.
“Segundo o mesmo [Glebson], houve um desentendimento dentro do carro onde ele se apoderou da arma do policial e ainda efetuou três disparos na direção da vítima. Dois atingiram o PM na altura do peito e braço e outro foi um tiro a esmo. Logo em seguida, ele percebeu que o policial estava ferido e empreendeu fuga, levando essa arma. Então podemos falar que esse crime foi um latrocínio, um roubo seguido de morte”, disse o coronel.
O comandante do Bope explicou também que se não fosse o trabalho em conjunto da inteligência com os militares nas ruas, Glebson Pinto já estaria em direção ao Estado do Pará, pois já tinha inclusive comprado passagem. Sobre o armamento roubado, o militar dá um recado a quem comprou ilegalmente a pistola.
“Que ele entregue a arma roubada. Porque se nós formos alcançá-lo, a conversa vai ser bem diferente já sabemos quem é você e que você comprou essa arma, que é fruto de latrocínio. Venha aqui no batalhão e nos entregue a arma. Pode ser até para minha pessoa que a gente faz a entrega na delegacia pra se eximir de uma situação mais grave”, disse o coronel Matias.
Despedida
Familiares e amigos do cabo Sandro Ataíde se despedem do policial no velório que acontece desde a noite de segunda-feira (11), no Ginásio Poliesportivo da Polícia Militar, no Comando Geral, no Bairro do Beirol.
A partir das 10h desta terça-feira (12), no Cemitério São José, no Bairro do Buritizal, ocorrerá o sepultamento do militar.
Foto de capa: Olho de Boto