Por RODRIGO INDINHO
Sob forte emoção e pedidos justiça, familiares, amigos e colegas se despediram, na manhã desta terça-feira (12), do cabo da Polícia Militar do Amapá, Sandro de Jesus Ataíde Lima Júnior, de 33 anos. O sepultamento ocorreu no Cemitério São José, no Bairro Buritizal, na zona sul de Macapá.
O enterro contou com várias homenagens ao policial que morreu no Hospital de Emergência de Macapá após ser alvejado com dois tiros dentro de um veículo, na Rua Rio Jupati, no Bairro do Trem, ao lado da Escola Estadual Santa Inês. A arma do PM foi levada do local após o crime, por volta das 5h30min da última segunda-feira (11).
Muito abalados, familiares informaram apenas que o cabo era de uma família de 4 irmãos e que, além dele, outros dois são militares.
Sandro Ataíde completaria 9 anos de corporação e brevemente se tornaria sargento por tempo de serviço. Estava lotado, atualmente, no 8° BPM, onde atuava na Diretoria de Ensino e Instrução (DEI).
Além de colega de farda, o soldado Rômulo Dayan, conviveu por mais de duas décadas com Ataíde e o tinha como um irmão.
“Conheço ele desde o ensino fundamental e sempre foi humilde e esforçado. Era um excelente militar e muito organizado. Era professor de educação física, gostava de crossfit, corrida de rua e muitas outras coisas. Tinha vários sonhos. Tenho certeza que meu amigo, pela bondade dele, está num bom lugar. É uma dor imensurável”, disse chorando.
Velório ocorreu no ginásio da PM. Fotos: Rodrigo Indinho
Cortejo até o cemitério
Homenagem teve salva de tiros…
…e balões brancos
O corpo de Sandro Ataíde foi velado no Ginásio Poliesportivo do Quartel do Comando-Geral da PM, no Bairro do Beirol. Durante o cortejo até o cemitério, policiais em viaturas da PM prestaram homenagem ao cabo.
Ao chegar no cemitério, os militares fizeram um corredor e prestaram continência próximo ao carro fúnebre. Uma salva de tiros também foi realizada, antes de balões brancos serem soltos no céu para simbolizar um pedido de paz e esperança por justiça.
Mais cedo, por volta das 4h, a PM anunciou a prisão de Glebson Felipe Pinto, de 21 anos, no Porto do Grego, em Santana, no momento em que embarcava para Belém (PA). Informalmente, ele confessou o crime aos policiais.
Um dos irmãos do policial é PM e o outro bombeiro
Amigos e parentes lotaram o cemitério