Por DA REDAÇÃO
A proposta de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Câmara Municipal de Macapá, sobre o transporte público, foi considerada pelo Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Amapá (Setap) como uma manobra para barrar um possível reajuste no preço da passagem.
A entidade representante dos empresários do setor, em nota, declarou que os vereadores da capital foram omissos em relação a tarifa de ônibus nos últimos anos.
O Setap protocolou na semana passada uma ação na justiça pelo reajuste imediato dos atuais R$ 3,25 para R$ 3,80. Segundo o sindicato, no mérito, a planilha aponta uma tarifa de R$ 3,90.
O aumento ocorreria em função dos prejuízos acumulados. O sindicato afirma que em novembro do ano passado solicitou que a câmara discutisse a possibilidade de um calendário tarifário, mas não houve resposta.
Entre os motivos apontados para o reajuste estão:
– O fim da isenção do ICMS sobre o diesel usado nos ônibus (reajuste de 49,74% no combustível em comparação ao período de março de 2017 a fevereiro de 2019);
– Aumento no salário dos rodoviários nos anos de 2017, 2018 e o acordo que será homologado em 2019;
– Explosão do transporte clandestino, causando a queda no número de passageiros do transporte coletivo;
Os empresário afirmam ainda que, mesmo com o reajuste para R$ 3,80, Macapá continuará com umas das menores tarifas da região Norte, mesmo sem o reajuste das demais capitais, previstos para entrarem em vigor nos meses de fevereiro e março deste ano.