Por DA REDAÇÃO
Prefeitos de Pedra Branca do Amapari, Mazagão e Vitória do Jari demonstraram preocupação com a situação de barragens instaladas próximas aos municípios. As manifestações dos gestores ocorreu no segundo encontro promovido pelo Ministério Público do Amapá (MP-AP), com representantes das mineradoras Beadell e Unamgem Mineração e Metalurgia.
Técnicos do Imap e da Sema também participaram do encontro, ocorrido na última sexta-feira (15). O objetivo foi tratar da fiscalização, monitoramento, riscos e impactos de barragens instaladas no Estado.
“Principalmente quanto à barragem da Zamim, porque está abandonada”, ressaltou a prefeita de Pedra Branca, Beth Pelaes.
A falta de informações sobre a Zamin é o que também leva a preocupação, segundo os promotores Jorge Fredi e Adilson Gracia.
Em Mazagão, o alerta é com relação às barragens das mineradoras Unamgem e Amapari.
O promotor Wueber Penafort também relatou preocupação com a situação de Ferreira Gomes, município cercado por barragens e levando em consideração que no Amapá não há profissionais com conhecimento técnico-científico em barragens.
Mineradoras
Os representantes das mineradoras presentes asseguraram que as empresas estão cumprindo suas responsabilidades. De acordo com o advogado e o engenheiro de minas da Unamgem Mineração e Metalurgia, Laércio Rodrigues e Gilson da Silva, o parque da empresa continua em monitoramento. Joaquim Neto, da Beadell, também afirmou que o monitoramento está em dia, e a empresa tem data marcada para as fiscalizações.
No total, o Amapá tem 38 barragens, 23 de mineração, 11 de acúmulo de água e 4 de hidrelétricas.
Fórum e MPF
Como deliberação do encontro, foi acertado entre os presentas a criação de um fórum, com a realização de audiências públicas nas comunidades e o encaminhamento da questão ao Ministério Público Federal (MPF).
“Sugerimos a criação de um fórum com a presença de representantes de empresas e realização de audiências públicas para que a população tenha conhecimento sobre as ações nas barragens. Podemos disponibilizar o site institucional do MP-AP para que todos tenham acesso às todas as informações, inclusive de licenciamentos e sobre as empresas”, disse o promotor Marcelo Moreira, do Centro de Apoio Operacional do Meio Ambiente (CAOP/AMB) do MP.
Foto de capa: ascom MP-AP