Por SELES NAFES
Donos de hamburguerias e pizzarias de Macapá estão às voltas com uma mulher que já aplicou vários golpes nos últimos meses. Até agora, pelo menos 9 hamburguerias, uma pizzaria e até uma doceria já tomaram calotes da mesma “cliente”, uma mulher que sempre encomenda lanches com serviço de delivery, mas, na hora de pagar a conta, sempre apresenta a mesma desculpa. O caso foi parar na polícia.
Segundo as hamburguerias, a cliente informa sempre o mesmo endereço para a entrega dos lanches, uma residência na Rua Jovino Dinoá, próxima ao conjunto Mucajá, no Bairro do Beirol, zona sul da capital.
“Não é um pedido pequeno que ela faz. Na minha empresa ela pediu 3 combos pedindo vários adicionais como refrigerantes, bacon, e outros que elevaram a compra para cerca de R$ 90”, explica uma empresária.
Nas demais hamburguerias, os pedidos oscilaram entre R$ 50 e R$ 80. Os pedidos mal intencionados estão sendo feitos desde o ano passado pela estelionatária. Para afastar qualquer suspeita, ela também garante que o pagamento será feito com cartão de débito em conta.
De acordo com a empresária, a golpista pergunta quanto tempo leva para chegar o lanche, geralmente 40 minutos. Quando chega perto de acabar esse prazo, ela manda mensagem perguntando se o lanche já saiu da empresa. E depois manda outro texto, um padrão em todos os casos.
“Essa mensagem já está pronta. Ela manda para todas as hamburguerias dizendo que o saldo da conta corrente está ‘aprisionado’ para pagamento do cartão de crédito, e o lanche acaba sendo entregue. Comigo foi em outubro, e semana passada ela tentou de novo. (…). Ela manda a mesma mensagem para todo mundo, sempre com nomes diferentes: Danieli, Denise, Paula…”, explica a vítima.
Mensagem padrão enviada para todas as hamburguerias
As hamburguerias ainda não somaram os prejuízos que tiveram com a mesma falsa cliente.
“Meu motoboy foi lá 3 vezes para tentar receber, mas ela diz que não é com ela e solta os cachorros”, acrescenta.
Os donos de hamburguerias, que participam de um grupo no WhatsApp, se organizaram para procurar a polícia de forma conjunta, e assim registrar um boletim de ocorrência. Os prejuízos ainda estão sendo calculados.
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