Mesmo tombado, porto da Zamin ainda flutua, diz Corpo de Bombeiros

Cerca de 12 metros da estrutura estão submersos numa área que chega a ter 31 metros de profundidade
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Por REDAÇÃO

Uma equipe do Corpo de Bombeiros do Amapá ancorou o porto flutuante da Zamin usando cabos de aço fornecidos pela Capitania dos Portos, nesta sexta-feira (15). O objetivo é impedir que a estrutura avance para o leito do rio e ofereça risco para a navegação.

Os técnicos do CBM e da Secretaria de Transportes do Estado (Setrap) concluíram que a estrutura ainda está flutuando, apesar de ter tombado no último dia 12.

Segundo a equipe, depois de tombar o píer se deslocou 25 metros em direção ao rio, e no momento não está tocando o fundo. A profundidade do local varia entre 24 e 31 metros, enquanto a estrutura submersa tem 12 metros.

Os bombeiros acreditam que os cabos de aço vão evitar que a estrutura de 6,5 mil toneladas afunde ou seja levada pela maré, o que poderia causar acidentes com embarcações.

Neste sábado (16), os trabalhos da força-tarefa criada pelo governo do Estado concentrará os esforços na sinalização do local, mas antes é preciso ter a certeza de que a estrutura se encontra estável.

“Vamos observar como se comportará com algumas horas de movimento da maré. Se não precisar ser feito mais nenhum ponto de ancoragem, além dos dois que fizemos, iniciaremos a sinalização”, explicou o major Elano Nunes, que comanda as operações. 

Cabos de aço prendem estrutura. Fotos: José Baía/Secom

Profundidades no local variam entre 24 e 31 metros

Boias da Setrap servirão de balizas para as embarcações que estiverem navegando pelo local.

O porto virou depois de ficar desequilibrado devido ao alagamento interno da estrutura pelas águas da chuva. Segundo um especialista consultado pelo Portal SN no dia do acidente, a água entrou porque ladrões deixaram as “tampas de visita” (grandes escotilhas) abertas depois de furtar máquinas e fiação elétrica no porto, que está abandonado pela Zamin.

O senador Randolfe Rodrigues (Rede) cobrou, no Senado, um posicionamento da empresa indiana Zamin, e disse a mineradora está deixando um “rastro de destruição” no Amapá.

Porto virou na madrugada do dia 12. Foto: Júnior Rodrigues

Seles Nafes
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