Por SELES NAFES
Em sua estreia na tribuna, nesta quarta-feira (13), o senador Lucas Barreto (PSD) denunciou que a política de conservação histórica da Amazônia condenou o Amapá à pobreza sem nenhum tipo de compensação, e que o Estado virou órfão do “insistencialismo amazônico” e vítima de um “fake” mundial.
“Fomos levados por uma falsa e vaga promessa de pensarmos globalmente e que as ONGs, o Estado brasileiro e os países ricos nos ajudariam em nosso desenvolvimento sustentável pela via compensatória. Foi, certamente, o maior ‘fake ecoplanetário’ já pregado contra o Estado brasileiro”, avaliou.
Eleito com mais de 125 mil votos em outubro, Lucas Barreto fez uma campanha baseada na discussão sobre a economia do Amapá e o excesso de medidas conservacionistas que engessam a exploração sustentável de riquezas como o minério e a madeira.
Lucas informou que o Amapá possui 829 mil habitantes, sendo 63 mil sem empregos. Cerca de 11% da população vivem no campo, o que torna o Amapá dono de uma das maiores populações urbanas do país, em termos proporcionais.
“Nossa capital, Macapá, se transformou em UTI social para socorrer a pobreza que há 30 anos chega ao Amapá vinda do interior ou do Pará e de outros Estados do Norte e do Nordeste”.
Para Lucas, a reforma agrária fracassou no Amapá, e a política ambiental emperra a redução de investimentos de empresas novas ou já instaladas, citando a Coca-Cola como exemplo.
Na tribuna do Senado, ele acusou os países mais ricos e ONGs de não se preocuparem com a população, mas apenas com as unidades de preservação.
“É preciso lembrar que ali há pessoas e não somente as riquezas naturais e que essas pessoas não vivem de sonhos e da contemplação da beleza natural. A natureza como moldura não enche barriga e nem garante o nosso futuro”.