Da REDAÇÃO
Mais de 30 pessoas, entre bombeiros e técnicos de uma empresa de máquinas, trabalham desde sexta-feira (22) para concluir a ancoragem da plataforma de minérios da Zamin que tombou no Rio Amazonas há cerca de duas semanas. O medo é que a imensa estrutura flutue em direção ao rio e provoque um acidente.
Os trabalhos começaram na semana passada, quando o Corpo de Bombeiros conseguiu prender a estrutura de 6,5 mil toneladas à margem usando um cabo de aço cedido pela Capitania dos Portos. A intenção é reforçar a ancoragem com novos cabos, já que a estrutura de 12 metros de largura está flutuando.
O comando-geral do Corpo de Bombeiros, coronel Wagner Coelho, lembrou que a operação é inédita no Amapá.
“Conseguimos avançar com a plataforma, mas vamos buscar mais equipamentos. Pois, agora já sabemos realmente o que é necessário para alcançar nosso objetivo que é trazer o píer para a margem do rio”, informou.
Uma empresa cedeu um rebocador de médio porte para empurrar a estrutura para a margem. Com novos cabos de aço, tratores de esteira puxaram a plataforma para fixa-la.
Processo judicial
A plataforma foi comprada pela Zamin na Holanda, em 2013, logo após o desabamento do porto da mineradora que matou seis operários naquele mesmo ano, na cidade de Santana, município a 17 km de Macapá. A plataforma tombou em definitivo na madrugada do dia 12 de fevereiro.
Um relatório da Defesa Civil sobre o novo acidente será anexado ao processo judicial que envolve a mineradora que abandonou não apenas a sua estrutura em Santana e Pedra Branca do Amapari, como também deu um calote de milhões em dezenas de empresas.