Por SELES NAFES
O ex-secretário de Cultura do Amapá, Dilson Borges, garantiu, nesta segunda-feira (11), que a decisão de antecipar sua saída da pasta antes do anúncio formal de um substituto obedeceu um critério particular.
Em entrevista ao Portal SN, ele assegurou que sua saída antecipada nada tem a ver com a ruptura entre o irmão, Gilvam Borges (MDB), e o governador Waldez Góes (PDT) durante a campanha do ano passado.
Dilson Borges deixou claro que sai do apoio institucional ao governador, mas que manterá seu apoio pessoal.
“Estou trabalhando direto há seis anos. Foram quatro anos como prefeito de Mazagão e depois dois anos como secretário de Cultura. Eu preciso descansar, cuidar da minha família, minha saúde e estudar. Inclusive estou aqui em Brasília para participar de um curso”, revelou ele, que é odontólogo.
Verdadeiro motivo da carta
O ex-secretário não acredita que foi desgastado de forma relevante pela mobilização de 600 artistas que entregaram uma carta de protesto ao governador, no início de janeiro. Borges disse que não recebeu a carta, mas teria ficando sabendo que, na verdade, a intenção do coletivo era indicar um outro secretário.
“Não deu certo. Quem assumirá a secretaria é Evandro Milhomem”, observou.
O ex-secretário voltou a fazer uma avaliação de sua gestão, e garantiu que deixou uma secretaria organizada.
“Quando eu cheguei, a Secult devia R$ 3 milhões, eram 42 reconhecimentos de dívida. Essa política de contratar de boca eu cortei. Todas empresas foram contratadas por pregão eletrônico e os artistas por credenciamento, que nunca tinha sido realizado. E tivemos a primeira prestação de contas da Secult aprovada, que foi a virada afro”, enumerou.
Foto de capa: Ascom/PMZ