Por OLHO DE BOTO
No começo da noite desta terça-feira (5), familiares e amigos do promotor de vendas morto em uma festa no Distrito do Carmo do Macacoari, protestaram na frente do Ciosp do Pacoval, pedindo a prisão do agente penitenciário acusado do crime.
Durante a manifestação, a rua não foi bloqueada. Para não atrapalhar o trânsito, o protesto por justiça aconteceu quando o sinal ficou vermelho. A estratégia teve como objetivo ganhar o apoio de motoristas, que passaram buzinando pelo local.
De acordo com Elessandra Miranda, irmã da vítima, na quarta-feira completam dez dias do homicídio sem que o principal acusado tenha sido preso.
“Acreditamos o Glauber [Gibson, o agente penitenciário] é um agente público e já era pra estar preso. Ele se apresentou e ficou calado, deixou passar o flagrante. Mas não vamos medir esforços pra ver ele na cadeia. Ele está solto e escondido por aí”, desabafou Elessandra Miranda.
Buscas
O departamento de capturas da Polícia Civil informou que continua as buscas ao agente penitenciário Glauber Gibson. Ele está com um mandado de prisão em aberto pelo crime de homicídio e é considerado fugitivo da Justiça do Estado do Amapá.
O agente é acusado de matar com dois tiros o promotor de vendas Elison Miranda, de 26 anos. O crime ocorreu no dia 27 de janeiro, durante um desentendimento em uma festa, realizada no Distrito do Carmo do Macacoari.
Testemunhas apontam o agente como o autor dos disparos que atingiram o rosto e o abdômen da vítima. A ação ainda deixou duas pessoas feridas. Uma delas permanece internada com a perna fraturada pelos tiros.
No dia 30 de janeiro, Gibson se apresentou na Delegacia de Polícia do Interior, no Bairro Santa Rita, em Macapá, e ficou em silêncio durante o depoimento ao delegado Sandro Torrinha. Mesmo assim, ele foi indiciado pelo homicídio. Já no dia 31, o agente teve a prisão preventiva decretada.
De acordo com o delegado geral da Polícia Civil do Amapá, Uberlândio Gomes, a defesa do acusado chegou a informar à polícia que ele tinha o interesse de se apresentar espontaneamente, mas não o fez até o momento.
“Temos provas robustas de autoria, um inquérito policial pronto pra relatar e estamos em diligencias diuturnamente. A qualquer momento, esse indivíduo será preso”, disse o delegado.