Por SELES NAFES
O juiz Ailton Mota Vidal, da 5ª Vara Criminal de Macapá, condenou os assassinos do empresário Rafael Vinícius Quites Camilo, o “Mineiro”, de 31 anos, morto com 20 facadas durante um assalto, no ano passado. Dos quatro envolvidos, dois foram condenados pelo latrocínio e um terceiro apenas pela participação no roubo. O quarto é menor de idade.
O latrocínio ocorreu às 19h de 26 de junho de 2018, na chácara onde a vítima morava, em um ramal da Rodovia JK, zona sul de Macapá. O empresário do comércio de automóveis estava sozinho em casa quando foi surpreendido pelos quatro criminosos, um deles seu ex-funcionário, Edmilson Freitas da Silva, o “Chumbinho”.
O empresário foi morto com facadas nas costas e no peito. Depois do latrocínio, os bandidos fugiram levando três televisores, o celular e a picape da vítima.
No dia seguinte, a Polícia Civil do Amapá fez as primeiras prisões e responsabilizou Edmilson Freitas da Silva, João Paulo Campos, Railan Augusto da Conceição Oliveira, e um menor.
Confissão
Durante a instrução do processo, Edmilson Freitas confessou ter organizado o assalto e ter desferido facadas na vítima junto como o menor. Ele alegou que tinha trabalhado como serviços gerais na casa do empresário, que estaria lhe devendo valores.
Edmilson Silva isentou Railan Oliveira de participação nas agressões ao empresário. O comparsa teria ajudado “apenas” no transporte do roubo. Por isso, ele foi condenado a 4 anos de prisão em regime semi-aberto.
As facadas teriam sido desferidas por Edmilson, João Paulo e o menor. Apesar de ser réu primário e ter confessado os crimes, Edmilson Silva foi condenado a 23,4 anos de prisão, inicialmente em regime fechado, pelos crimes de latrocínio e corrupção de menores.
O juiz chegou a reconhecer o atenuante da confissão, mas avaliou que o criminoso arquitetou o assalto e tinha o comando sobre os comparsas.
João Campos, que já tinha passagens por roubos e furtos, também confessou o latrocínio, mas foi condenado à mesma pena do líder do bando: 23,4 anos de prisão. O menor cumpre medida protetiva no Cesein.
Os três condenados responderam presos a todo o processo.