Por OLHO DE BOTO
A Polícia Civil do Amapá prendeu dois homens acusados de participar da execução de um homem num crime passional e sob encomenda, ocorrido no ano passado. O mandante seria o ex-companheiro de uma professora, que foi preso por ordem da Justiça na residência dele, no Bairro do Pacoval, zona leste de Macapá, na manhã desta quarta-feira (27).
Os presos são: Leandro da Silva dos Santos (camisa rosa), de 33 anos; e Heron Júlio Miranda das Neves, de 18 anos. Heron foi conduzido do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), onde já cumpre pena por roubo, para a Delegacia de Homicídios (Decipe), onde recebeu nova voz de prisão, agora por homicídio e tentativa de feminicídio. Ele é apontado por testemunhas e pela polícia como o executor.
O homicídio e a tentativa de feminicídio ocorreram no dia 3 de outubro de 2018, às 18h, na Avenida Álvaro Carvalho Barbosa, no Bairro Jardim Felicidade, zona norte. A vítima foi Jonicleuson dos Santos Cardozo.
Segundo a polícia, ele estava deixando a namorada no colégio onde ela trabalhava quando foi abordado por dois homens em uma motocicleta. O jovem morreu na hora. A namorada levou vários tiros, mas sobreviveu.
“Não há dúvida do envolvimento do Leandro, que deu a ordem junto com um chefe de facção, para que o Heron executasse”, comentou o delegado Wellington Ferraz, da Decipe.
“Colhemos diversos depoimentos nos autos que o Leandro não aceitava o término da relação e ameaçava que se não ficasse com ela não ficaria com mais ninguém”, acrescentou o delegado.
Os mandados foram emitidos pela Vara do Tribunal do Júri. Leandro Silva dos Santos foi indiciado por homicídio e pela tentativa de feminicídio, além de participar de organização criminosa.
Na delegacia, Heron Júlio Miranda das Neves, o executor, assumiu que já faz parte de uma facção criminosa. Agora ele foi indiciado por homicídio qualificado, combinado com tentativa de feminicídio.
O outro mandante, Francisco de Assis Farias do Nascimento, o “Pezão”, está preso em Manaus (AM). Na época do crime ele estava preso no Amapá quando teria dado permissão para a execução.