Direção do HE nega caos e relata investimentos

Diretor Lucas Santos diz que vacinas não correm riscos, e que cultura da população ainda sobrecarregada atendimentos
Compartilhamentos

Por SELES NAFES

O diretor do Hospital de Emergência de Macapá, Lucas Santos, negou que a unidade esteja caótica para a atuação das equipes de enfermagem, como afirma o Coren. O conselho diz que os profissionais não têm condições de trabalhar com segurança no hospital, e que vacinas podem estar sendo perdidas.

O diretor lembrou que o HE atende 16 municípios e as ilhas do Pará, e que ainda é visto por parte da população de Macapá como um grande ambulatório, quando as UBSs dos bairros estão preparadas para atender os casos menos graves. Ele ressaltou que algumas unidades da prefeitura funcionam 24h, mas a população ainda mantém a cultura de procurar o HE.

Dos mais de 69 mil atendimentos no ano passado, quase 40 mil não deveriam ter sido feitos porque eram casos de UBSs. São 25 mil ampolas de dipirona por mês, 3 mil unidades de atadura por semana, é uma demanda gigantesca”, comentou o diretor. 

UBSs estão preparadas para atender casos menos graves, mas população continua indo pro HE

No ano passado, continuou o diretor, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) iniciou a reforma e ampliação do número de leitos (mais 25) no primeiro piso. Os aparelhos de raio-x e de ultrassom agora estão funcionando com exames completos.

“Foi entregue uma sala nova de medicação e uma nova sala de trauma, e implantamos um programa com dois médicos e dois enfermeiros que trabalham a classificação de risco dos pacientes para alta hospitalar”, acrescentou.

As três salas do centro cirúrgico do HE estão funcionando a todo o vapor. Em janeiro, foram realizadas 463 cirurgias, sendo 251 cirurgias ortopédicas, além de vasculares, urologias e outras especialidades.

A ala semi-intensiva foi reformada e ganhou seis camas elétricas com conjuntos de monitoramento e aspiradores.

“Em setembro, recebemos 50 poltronas e criamos 3 salas de observação para melhor conforto dos pacientes e redução da presença no corredor. Não serei demagogo em afirmar que não existem pessoas no corredor, mas a redução foi considerável”, ponderou.

Com mais de 50 anos, hospital passa por melhorias nos dois pisos superiores, informou a direção. Fotos: Arquivo/SN

Os investimentos já feitos incluem ainda 100 leitos novos, 4 desfibriladores, 99 suportes de soro, seis camas elétricas, 10 aspiradores, 10 monitores, entre outros equipamentos como macas.

Sala de vacina

O diretor confirma a informação do Coren de que houve a troca das geladeiras de vacinas, mas acrescentou que os termômetros também já foram trocados e não há risco de que as doses sejam afetadas.

“Existem algumas adequações que estamos fazendo, mas o principal nós já resolvemos. A sala nova (de vacina) é bem melhor. Estamos criando ainda a comissão ética. (…) O conselho pediu a reforma de uma sala e nós já retiramos os pacientes de lá para fazer isso.

“Iniciamos também uma grande reforma no segundo piso, com troca do telhado, forro, chegaram medicamentos novos”, concluiu.

Seles Nafes
Compartilhamentos
Insira suas palavras de pesquisa e pressione Enter.
error: Conteúdo Protegido!!