Em Macapá, manifestantes lembram casos de violência contra a mulher

Passeata pelo Centro da capital encerra com programação cultural na Praça Floriano Peixoto
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Por RODRIGO INDINHO

Um grupo foi às ruas do Centro de Macapá, na tarde desta sexta-feira (8), em um ato pelo Dia Internacional da Mulher. Diante dos alarmantes casos de violência, as manifestantes pediram igualdade, liberdade e segurança.

O ato também lembrou a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL), que completa um ano este mês e também casos de violência contra a mulher ocorridos no Amapá, como a morte da cabo da PM, Emily Karine Monteiro.

Mensagem de basta à violência…

 

… e outras pautas foram reivindicadas na manifestação. Fotos: Rodrigo Indinho

De acordo a com professora Alinne Brito, dirigente do Sindicato dos Servidores em Educação do Amapá (Sinsepeap), pautas como a previdência pública também precisam ser lembradas nessa data, porque são ameaças diretas às vidas e aos direitos das mulheres brasileiras, que ainda vivem em uma sociedade desigual e machista.

“Essa programação é um evento internacional, em referência às mulheres que morreram na fábrica quando lutavam por direitos para ganhar salários iguais. Apesar disso ter ocorrido há muito tempo, essa luta para ter um salário equiparado com o homem ainda é muito grande. Cerca de 30% de diferença que o homem ganha mais que a mulher”, complementou a professora.

Professora Alinne Brito (Sinsepeap): luta contra o machismo

Alinne Brito também pontuou a defesa pela legalização do aborto. 

“Continua sendo uma bandeira nossa porque é uma questão de saúde pública. Gasta-se mais com aborto clandestino do que se o aborto fosse legal. Não que sejamos a favor do aborto, somos a favor do direito da mulher escolher, como já acontece em alguns países”, justificou. 

Samuel Bastos: apoio a manifestação das mulheres

O bancário Samuel Bastos, de 39 anos, participou da manifestação e disse apoiar as pautas reivindicadas pelas manifestantes.

“Eu vejo como muito importante. A mulher precisa se mostrar cada vez mais independente, dona de si, e esse ato serve pra isso, pra mostrar que a mulher tem a sua liberdade”.

Programação começou na Veiga Cabral…

 

… e encerra na Praça Floriano Peixoto

A concentração dos manifestantes aconteceu às 15h, na Praça Veiga Cabral. De lá, o grupo seguiu pelo Centro da capital, com cartazes, faixas e bandeiras. Já na Praça Floriano Peixoto, uma programação de dança, intervenções paralelas, atrações musicais e grafitagem ocorrerá até às 23h.

Seles Nafes
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