Golpistas usam notas fiscais falsas para vender celulares suspeitos, diz delegado

Num dos casos, um jovem de 24 anos foi indiciado
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Por OLHO DE BOTO

Estelionatários que aplicam golpes pela OLX e redes sociais, onde funcionam grupos de compra e venda, estão usando até nota fiscal de ventilador para dar ar de legalidade na venda de celulares suspeitos. Um desses casos acabou no indiciamento de um jovem, na manhã desta quarta-feira (27), na Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio (DECCP).

Erick Furtado, de 24 anos, é morador do Bairro do Perpétuo Socorro, zona leste de Macapá, e vai responder por crimes de falsificação de documentos e receptação qualificada. A Polícia Civil do Amapá já vem investigando um derrame de notas fiscais falsas na cidade de Macapá envolvendo compras de celulares usados pela internet.

“Ele confessou que pelo menos 4 notas foram forjadas em cima de uma nota fiscal de um ventilador, e ele confirmou que exerce uma atividade comercial informal via OLX, comprando e vendendo celulares que ele adquire de qualquer pessoa na área de pontes da Caesinha”, informou o delegado Glemerson Arandes, que investiga os casos.

Numa das vendas, o cliente desconfiou do negócio e pediu uma nota fiscal. O vendedor teria adulterado a nota fiscal do ventilador.

Glemerson Arandes: pessoas olham a nota fiscal falsa e ficam mais encorajadas a comprar. Fotos: Olho de Boto

Nota fiscal era de ventilador, mas foi adulterada para parecer que era de celular

Segundo o delegado, os casos aumentaram muito nos últimos dois anos.

“Quando as pessoas visualizam a nota fiscal (falsa) elas não pensam muito e vão logo comprando. As vezes a nota não tem nem a logo da loja, mas a pessoa fica mais sossegada e paga até um valor mais elevado por não ter medo do produto ser de origem ilícita”, explica Arandes.

Os compradores também serão responsabilizados por receptação culposa, quando não há intenção. 

Erik Furtado também está sendo investigado em outro inquérito também sobre falsificação de nota fiscal na mesma delegacia, só que a investigação é conduzida por outro delegado.

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