Governo: Randolfe diz que não haverá rompimento com Clécio, e que prioridade é 2020

Senador Randolfe Rodrigues falou sobre transposição, tropeços de Bolsonaro, e que prioridade é manter grupo político unido para 2020
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Por SELES NAFES

A Aneel avisou o juiz federal João Bosco Soares que desautorizou a CEA a reajustar a energia elétrica na aquela ação popular movida pelo senhor. Qual a perspectiva, agora?

Por enquanto temos a consolidação da primeira vitória. Se esse reajuste tivesse ocorrendo desde dezembro, cada cidadão amapaense que paga em média R$ 500, estaria até agora pagando mais R$ 125 pelo menos, o que dá cerca de R$ 1 mil por ano.

O senhor ainda é a favor do desconto do custo do reajuste no orçamento da Assembleia Legislativa?

Totalmente. É lamentável que agentes políticos sejam réus nessa ação, porque na verdade estão agindo contra os interesses da sociedade.

Com foi esse processo que beneficiou 150 professores da transposição?

Na verdade, esse número deve chegar a 200 professores que não tinham sido enquadrados pelo Ministério da Educação no grupo do ensino básico, técnico e tecnológico. A partir de agora, eles terão o direito de receber a gratificação por dedicação exclusiva. Já foi publicado no Diário Oficial da União.

A transposição será retomada?

No máximo até o mês de abril teremos a retomada da análise dos requerimentos e do enquadramento na União dos que já tiveram a aprovação.

Quantos servidores já passaram?

Na Emenda Constitucional 79 cerca de 1,8 mil servidores. Na segunda emenda houve o deferimento de 250 requerimentos, quando foi paralisado pela decisão do TCU.

Clécio e Randolfe em ato oficial da prefeitura: trajetória comum de 25 anos. Fotos: Arquivo/SN

De um total de quantos?

Tivemos 19 mil requerimentos apresentados com base na segunda emenda. A partir da semana que vem teremos essa luta para que o Ministério do Planejamento retome a análise dos requerimentos.

O governo Bolsonaro tem criado as próprias crises. Isso paralisa o Brasil?

Nós da oposição temos tentado colaborar, mas quem tem feito a maior oposição ao governo é o próprio governo. É um governo que não tem um núcleo central de decisões, está todo atrapalhado, e o presidente ainda não desceu do palanque e governa pelo Twitter. Chateado com os gritos de ordem no Carnaval, ele tentou se vingar atentando contra a maior festa popular do Brasil com aquele compartilhamento em rede social que constrangeu o país diante do mundo.

Muita coisa já aconteceu este ano no cenário político, e ainda estamos começando o terceiro mês. O que ainda tem pela frente?

Nossa prioridade é a transposição dos servidores e a aprovação de projetos de lei que interessam diretamente o Amapá, como o que amplia a área de abrangência da Zona Franca Verde. Além disso, recebi do prefeito de Macapá a boa notícia de que a obra do Mercado Central, com emenda nossa, será entregue até maio. Me orgulho muito, porque o Mercado Central é patrimônio histórico para o Amapá.

Com Davi e Clécio

Você e o prefeito Clécio, aliados e do mesmo partido, manifestaram quase juntos o interesse de disputar o governo do Estado, em 2022. Vocês já conversaram sobre isso?

Antes da eleição para o governo teremos as eleições municipais de 2020. Minha prioridade é que caminhemos juntos, eu, Clécio e Davi. Não vejo possibilidade de haver divisão entre mim e Clécio. Temos uma trajetória política comum de 25 anos, não haveria razão para nos dividirmos. É bom que um partido tenha duas opções com chances. Mas antes temos que manter o governo da prefeitura da capital e termos o maior número possível de vitórias nas outras prefeituras.

A Rede vai mesmo fundir com o PPS?

Decidimos retirar a proposta de fusão no último fim de semana. A Rede vai continuar como partido, mesmo com as sanções da cláusula de barreira. 

Seles Nafes
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