Por RODRIGO INDINHO
Aos 74 anos, o aposentado Francisco Magalhães é um exemplo que ajuda a manter a cidade limpa. Ele chama a atenção dos vizinhos por todos os dias recolher o lixo do chão e das calçadas da rua onde mora.
“A pessoa tem que ser asseada para evitar doenças e bichos. Eu varro todos os dias para tirar a fedentina. As pessoas têm que dar bom exemplo e ter educação. Não custa nada cada um fazer seu papel. Eu limpo todos os dias essa área onde eu moro e exijo que meus filhos sigam meu exemplo”, ensina sorridente o aposentado.
Mas não é assim que pensam todos os moradores do conjunto Mucajá, localizado no Bairro Beirol, na zona sul de Macapá, onde seu Francisco mora com a família.
Quem passa pela frente do habitacional, facilmente vê um grande acúmulo de lixo e mato alto no entorno dos blocos. O Portal SelesNafes.com procurou a prefeitura de Macapá para saber se a coleta de lixo é realizada no local.
A Secretaria Municipal de Manutenção Urbanística (Semur) informou que faz a coleta regular de lixo doméstico no conjunto. Ressaltou ainda que não faz nem um mês que fez a limpeza completa da área do Mucajá.
“Infelizmente, à população não colabora com a manutenção da limpeza, mas o Mucajá entrará no cronograma de limpeza”, finalizou a nota.
A reportagem conversou com a população que detalhou que quem suja o local é uma minoria de moradores.
“Só essa minoria faz um estrago. Tem gente que não cuida dos filhos e eles sujam direto aqui. Outras mulheres jogam fraldas cheias de fezes aqui para baixo. Só fiscalizando para punir essas pessoas, porque parece que gostam de morar no meio da porcaria”, disse um morador que não será identificado.
Enquanto uns continuam sujando, seu Francisco Magalhães afirmou que sempre que puder continuará fazendo sua parte deixando a área onde mora, no Bloco 28, sempre limpa.