Por SELES NAFES
O oficial da reserva da Polícia Militar do Amapá que matou um casal num acidente de trânsito ocorrido na Rodovia Duca Serra, no fim do ano passado, teve novo pedido de liberdade negado pela justiça.
A juíza Stella Ramos (foto em destaque), da 5ª Vara Criminal de Macapá, disse que não há fato novo na instrução do processo que permita a liberdade, e que a segregação é necessária para garantia da ordem pública.
Além disso, ela lembrou na decisão que o próprio oficial confessou ter ingerido bebida alcoólica, e que as penas pelos crimes cometidos por ele, em caso de condenação, poderão ser superiores a 4 anos de prisão.
Toni Jesus de Oliveira Vitória está preso num quartel da PM desde o dia 23 de dezembro, quando o carro que ele dirigia atingiu a moto de um casal em frente ao residencial Jardim Europa. O condutor e a mulher morreram no local. A PM constatou embriaguez e fez a prisão flagrante, que depois foi convertida em preventiva.
A defesa vem tentando a liberdade provisória do oficial da PM afirmando que não houve perícia no local, que o policial aposentado possui residência fixa, tem filho com menos de cinco anos e outro que precisa de cuidados especiais. O advogado também cita o fato de Toni Vitória ter sido indiciado por homicídio culposo e ser réu primário.
“(…) Não são garantias do direito à liberdade provisória, porquanto no lado oposto encontra-se a gravidade dos fatos”, comentou a magistrada em decisão proferida na última sexta-feira (8).
A juíza, no entanto, deixou claro que o pedido poderá ser analisado mais uma vez durante a audiência do próximo dia 20, quando serão ouvidas testemunhas de defesa e acusação no processo.