Pedagoga morta pelo ex-namorado empresta nome a lei contra feminicídio

Evento no próximo sábado (30), às 18h, vai apresentar a lei à população
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Por SELES NAFES

Uma lei municipal de combate ao feminicídio recebeu nome da pedagoga assassinada dentro de uma escola pública, no município de Santana, cidade a 17 km de Macapá, no ano passado. Apesar de ter sido apresentada em 2017 e aprovada em 2018, a lei ainda não foi implementada pelo prefeito Ofirney Sadala (PHS).

A Lei 2.003/2018, batizada de “Lei Ediane Gomes”, determina que a prefeitura crie um grupo itinerante para percorrer as escolas da rede pública num grande esforço de conscientização, especialmente de crianças. O grupo terá educadores e psicólogos que distribuirão cartilhas e farão palestras.

“É um tema importante, mas que ainda precisa avançar muito. (…) Muitas crianças vivem em ambientes hostis”, justifica a autora da lei, a vereadora Kátia Lima (Podemos).

No dia 27 de dezembro, a pedagoga Ediane Gomes foi assassinada, aos 29 anos, pelo ex-namorado dentro da Escola Alberto Santos Dumont, no Bairro do Elesbão. Jefferson Silva Amorim não aceitava o fim da relação, e se matou logo após o homicídio.

Muitas crianças vivem em ambientes hostis, diz a vereadora Kátia Lima. Foto: Reprodução/Facebook

No próximo sábado (30), na quadra da escola GPC, às 18h, a vereadora realiza um evento para apresentar a lei à população. Representantes da Rede de Proteção à Mulher, Defensoria Pública, Ministério Público, Delegacia de Mulheres, Polícia Militar e de outros estarão presentes.

“A gente traz esse debate porque o próprio Ministério Público não conseguia entrar nas escolas. Quando mostramos a importância do trabalho de prevenção o MP entendeu que agora é a oportunidade de buscar as parcerias”, comentou ela.

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