Por OLHO DE BOTO
Quatro dias após entrar no Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen), pelo crime de homicídio, o detento Alan Reinaldo de Oliveira, de 19 anos (foto acima), foi morto asfixiado com lençóis e uma corda, em uma cela de triagem, na tarde de segunda-feira (11).
De acordo com agentes penitenciários de plantão, o corpo do interno foi encontrado por volta das 16h50min, em um banheiro da cela.
Durante a retirada dos presos da triagem, foi observado que o comportamento de um deles era atípico. Ele estava bastante nervoso e, entre os integrantes da cela, era o mais agitado. Quando questionado sobre a autoria do homicídio, o preso Mateus Cardoso Fonseca, 23 anos, assumiu o crime.
Segundo o delegado Wellington Ferraz, da Delegacia de Homicídios (Decipe), Fonseca disse que uma rivalidade com a vítima, antes de entrarem na prisão, o teria levado a matar o suposto rival.
“Ele falou que tinha razões anteriores antes de entrar na penitenciária. Que ele já tinha atentado contra a sua vida. Então, quis resolver o problema com as próprias mãos e disse ter agido sozinho, aproveitando o momento em que o rapaz estava dormindo”, relatou o delegado.
Ferraz comentou também que, durante a confissão, Mateus Cardoso Fonseca deu detalhes sobre o homicídio, afirmando que a vítima se debateu muito, e que foi agredido na cabeça até perder a consciência. Ninguém teria interferido no acerto de contas entre os dois. Dentro da cela, havia cerca de 40 presos.
“O corpo estava com laço de um lençol e corda envolto do pescoço da vítima, com características de enforcamento”, complementou o delegado.
A perícia confirmou não haver perfurações no corpo do preso morto.
Mateus Cardoso Fonseca foi levado ao Ciosp do Pacoval para a lavratura de prisão em flagrante por homicídio. Mesmo preso, ele será apresentado em audiência de custódia.