Por SELES NAFES
O ministro Nefri Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou habeas corpus ao prefeito de Calçoene, Jones Cavalcante, investigado na Operação Sangria, conduzida pelo Ministério Público do Estado e Polícia Civil do Amapá.
O magistrado avaliou que a defesa não ingressou com um agravo regimental, o que geraria a revisão da decisão pelo colegiado de desembargadores, e não apenas pelo desembargador relator.
Além disso, o ministro deixou claro acreditar que todos os requisitos para a prisão preventiva foram apresentados pelo MP, apesar da alegação de falta de provas da defesa.
No último dia 9, o desembargador Manoel Brito, do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), aceitou o pedido de prisão preventiva formulado pelo MP.
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12 de março de 2017: militância comemora nas ruas a vitória do prefeito Jones Cavalcante, agora preso. Fotos: Cássia Lima/Arquivo SN
Jones é acusado de desviar R$ 155 mil de obras de revitalização de ruas, mas a suspeita dos promotores é de que um suposto esquema causou um prejuízo de R$ 10 milhões aos cofres da prefeitura de Calçoene.
Jones Cavalcante está no Iapen. Ele foi preso com outras quatro pessoas, entre elas a secretária de Administração da cidade. Calçoene vive uma crise política sem precedentes e sua história. O prefeito eleito em 2016 não pôde assumir o cargo por estar inelegível.
Jones Cavalcante foi eleito em 2017 num novo pleito. No fim do ano passado, depois da operação Sangria, a vice-prefeita renunciou ao cargo.
A cidade está sendo governada pelo presidente da Câmara de Vereadores.