Por RODRIGO INDINHO
O espaço do Parque de Exposições da Fazendinha, que um dia foi sinônimo de lazer e empreendedorismo, hoje se tornou um local com visíveis sinais de abandono. A área é mais um patrimônio de milhões apodrecendo em nosso Estado.
Sem a tradicional Expofeira Agropecuária desde 2016, as instalações retratam uma verdadeira cidade fantasma. Já na entrada, é possível notar o mato alto e uma estrutura de ferro que não tem serventia alguma. Caminhões novos e sem utilização estão estacionados no pátio.
Os espaços das malocas culturais foram destruídos, tiveram banheiros saqueados e nem teto têm mais. As salas onde eram comercializados diversos produtos e funcionavam vários órgãos foram abaixo e estão em ruínas.
Nos currais a madeira está podre, o mato já cobre parte da estrutura e do asfalto.
Na arena onde aconteciam rodeios e shows nacionais, além de mais mato, as arquibancadas estão com ferrugem e limo. E o ambiente virou uma cratera com lixo em meio ao nada. Traves de madeira estão no meio do campo, o que supõe que alguém se arrisca a praticar esporte ali.
A reportagem foi impedida por um rapaz que disse ser vigilante do Instituto de Desenvolvimento Rural do Amapá (Rurap) de continuar no local mostrando o descaso.
Do lado de fora, o autônomo Júlio Batista, de 40 anos, que nasceu na comunidade da Fazendinha e viu os momentos de glória e destruição do espaço, disse estar indignado. Para ele, o grande terreno do parque poderia ser melhor utilizado pelo poder público.
“Aqui tá muito feio. Deveriam arrumar uma forma para movimentar esse grande espaço que está esquecido. Ia gerar mais emprego e renda para essa comunidade que é abandonada pelo poder público e tem que viver com essa situação precária da Expofeira”, opinou.
Creginaldo Ferreira, de 45 anos, trabalha desde 2002 na frente do parque. Fazendo o sinal de negativo, o empreendedor denuncia que a estrutura não caiu, e sim foi destruída pelo governo do Estado sem nenhuma finalidade.
“Os governantes querem que isso aí acabe mesmo. O espaço poderia servir para fazer feiras, eventos destinados à agricultura e pecuária e para o desenvolvimento do Estado. Poderia até ser um ponto de apoio para quem chega querendo investir”, disse.
“Eles estão é destruindo, foram mais de 20 barracas derrubadas aí para nada e fica impossível alguém fazer algo. Tudo no nosso Estado está se acabando, é lamentável”, acrescentou.
Governo do Estado
O Portal SelesNafes.com aguarda um posicionamento do Governo do Estado, que ficou de se posicionar sobre o assunto ainda pela manhã, mas ainda não enviou resposta.