Por RODRIGO INDINHO
Consumir produtos industrializados regularmente, como macarrão instantâneo, salgadinho de pacote, refrigerante, produtos em conserva, biscoito recheado, achocolatado e suco de caixa ou em pó, pode ocasionar infarto ou câncer.
A informação é da nutricionista Wayni Andrade, da coordenação municipal de alimentação e nutrição. Ela palestrou sobre o tema durante a programação que marcou a abertura da Semana Alimentação Saudável, nesta segunda-feira (1°), na UBS Lélio Silva, em Macapá.
Segundo a profissional, um levantamento da Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) apontou que 54% da população Macapaense sofre com excesso de peso por ingerir alimentos processados e ultraprocessados.
“As Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) associadas à alimentação inadequada têm aumentado em Macapá. Entre estas doenças estão obesidade, diabetes, hipertensão, dislipidemias, caso venham se agravar podem levar ao infarto, câncer e até a morte”, disse.
Os alimentos ultraprocessados são os mais perigosos, pois passaram por técnicas e processamentos com alta quantidade de sal, açúcar, gorduras, realçadores de sabor, entre outros.
A nutricionista, destacou que esses alimentos ingeridos por mais da metade da população não trazem nenhum benefício para o ser humano.
“Estão consumindo, basicamente, açúcar, gordura e sódio. Por exemplo, o macarrão instantâneo é o que mais traz prejuízos e é o mais consumido pela praticidade no preparo. É correto afirmar que não há nenhum nutriente em alimentos ultraprocessados. Fica o alerta para os pais não darem esses produtos para seus filhos”, explicou a nutricionista.
E foi pensando no bem estar da família que a agricultora Marinilsa Miranda, de 38 anos, decidiu descartar da rotina alimentar os produtos ultraprocessados.
“Essa minha filha aqui comia só essas besteiras, e deu uma série de problemas nela, a mais recente foi infecção intestinal. Procurei orientação e cortei tudo. Agora, lá em casa, só comem coisas saudáveis”, contou Marinilsa.
A pequena Mariane Oliveira, de 9 anos, relatou que realmente gostava muito do que consumia, mas sofria muito com fortes dores.
“A mamãe me dava dinheiro para eu comer coisa saudável, mas eu insistia em comprar o que me fazia mal, porque é muito gostoso. Tive que parar de comer porque sentia muita dor, não me arrependo, vivo bem e feliz agora”, afirmou.
A programação da Semana Alimentação Saudável, segue até o dia 5 de abril, nas Unidades Básicas de Saúde (UBS’s) e academias ao ar livre, nos períodos da manhã e da tarde.
O objetivo é sensibilizar a população sobre a importância da saúde e da boa alimentação, orientando os usuários a aderir hábitos alimentares saudáveis.
Fotos: Rodrigo Indinho/SN