Por SELES NAFES
A polêmica na Câmara Municipal de Macapá (CMM) está bem longe de terminar. Depois da pancadaria na eleição da semana passada, que virou até notícia nacional, o novo presidente da Casa, o vereador Marcelo Dias (PPS), tem dificuldades para comandar o parlamento. Ele afirma ter sido eleito, apesar de o grupo rival assegurar que não houve continuidade da sessão.
Ontem, no primeiro dia de expediente, Marcelo Dias chegou a ser barrado, mas mandou um chaveiro abrir a porta do gabinete da presidência. A conversa entre ele e seguranças, supostamente contratados pelo vereador Yuri Pelaes (MDB), que se diz presidente em exercício, foi gravada.
Num momento do vídeo, é possível ver o vereador Yuri Pelaes filmando com um celular, e afirmando que Marcelo Dias teria invadido uma reunião. Assista.
“Ele (Yuri) se enclausurou na antessala da presidência, onde ficam os ofícios e outros documentos, e dizia que não iria sair. Havia policiais armados contratados por ele para intimidar todo mundo”, relatou Marcelo Dias, na manhã desta terça-feira (9), ao Portal SN, que também tenta ouvir o vereador Yuri Pelaes.
Depois de abrir a porta do gabinete, Marcelo Dias fez 15 exonerações de cargos ligados ao presidente anterior, Acácio Favacho (Pros), e a Ruzivan Pontes (SD), eleito no pleito cancelado pela justiça. A exonerações atingiram as secretarias legislativa, finanças e departamento de comunicação social.
Ontem (8), aliás, a desembargadora Sueli Pini, do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), negou liminar que pedia o cancelamento da sessão que elegeu Marcelo Dias, no último dia 4.
“A partir de hoje vamos encaminhar a instalação das comissões. Tudo que é gerado no plenário é encaminhado para as comissões, sem elas nada funciona”, explicou Marcelo Dias.