Por SELES NAFES
O ex-presidente do Instituto de Meio Ambiente e Ordenamento Territorial do Amapá (Imap), Betholdo Dewes, teve a prisão revogada pelo juiz federal Jucélio Fleury Neto, da 4ª Vara Federal do Amapá. Mas, para responder em liberdade aos processos em que é investigado, ele terá de pagar uma fiança de 50 salários mínimos, cerca de R$ 49 mil.
O magistrado entendeu que o ex-presidente não oferece mais risco à instrução criminal, já que os inquéritos foram concluídos e denúncia foi ofertada à justiça. Dewes foi preso em Macapá no dia 14 de fevereiro durante o cumprimento de mandados no âmbito da “Operação Shoyu”, da Polícia Federal e Ministério Público Federal.
No mesmo dia, houve o cumprimento de mandados na residência do então secretário de Desenvolvimento Rural, Daniel Sebben, e na sede da Associação de Produtores de Soja (Aprosoja).
Dewes e outros investigados foram acusados de fraudar multas para reduzir os valores a serem pagos pelos produtores autuados em ocorrências de desmatamento. O prejuízo para os cofres públicos teria sido de R$ 7 milhões. A defesa ingressou com pedido de revogação alegando que o ex-presidente não foi indiciado.
Além do pagamento da fiança, o juiz determinou que ele não frequente as dependências do Imap nem tenha contato com qualquer servidor do órgão.