Por SELES NAFES
O governo do Amapá recuou e, ao que tudo indica, não ocupará mais o prédio do Macapá Hotel com órgãos da administração estadual, como vinha afirmando durante a guerra judicial para reaver o imóvel. Agora, o cenário mais provável é o leilão.
Neste sábado (27), o governo anunciou que está avaliando as condições do prédio, como instalações elétricas, hidráulicas e estruturais, e conferindo também o estado da mobílias, peças de decoração e obras de arte que fazem parte do patrimônio do Estado. As peças estão dentro do Macapá Hotel há várias décadas.
Só depois desse diagnóstico é que a decisão sobre a destinação do imóvel será tomada.
“Para se tomar uma decisão, é necessário saber das condições do prédio, do estacionamento, da estrutura do entorno, para verificar o que pode ser implementado ou se é mais viável e legal leiloar ou permanecer com o imóvel”, explicou o subprocurador-geral do Estado, Thiago Lima.
O Macapá Hotel foi completamente desocupado no último 11 após quatro anos de batalha judicial. Um parque de diversão, um restaurante, uma arena esportiva, uma lanchonete e um estacionamento privativo foram desativados. As empresas responsáveis por esses empreendimentos sublocavam o espaço interno do Macapá Hotel também de forma ilegal.
Além da ação de reintegração de posse, a Procuradoria Geral do Estado (PGE) também processa as duas empresas que exploraram o Macapá Hotel durante 21 anos, sem pagar um centavo de aluguel. A estimativa é de que a Matelcons e a C.F. Queiroz, segundo a PGE, devem cerca de R$ 3 milhões em alugueis.
Enquanto uma decisão definitiva não é tomada, vigilantes foram colocados no prédio para impedir furtos e depredação do imóvel.