Por SELES NAFES
O diretor do Hospital de Emergência de Macapá, Lucas Huan Duarte dos Santos, disse neste sábado (20) que a alta demanda, especialmente de vítimas com traumas, é o principal motivo da retenção de macas no hospital e permanência de pacientes nos corredores da unidade.
Segundo ele, um grande esforço tem sido feito no hospital para reduzir o tempo de internação dos pacientes, o que tem resultado na liberação de até 13 macas por dia.
Neste sábado, equipes do Samu fizeram um protesto contra a retenção de macas que estão sendo usadas como leitos no hospital. De acordo com a coordenação do Samu, 52 macas estavam retidas até hoje de manhã, inviabilizando o atendimento há dois dias.
O diretor ressaltou que, além do HE ter ganhado novos leitos, uma força-tarefa criada no início deste ano realizou mais de 900 cirurgias no hospital em janeiro e fevereiro, a maioria de traumas, liberando mais espaço (e macas). No entanto, a demanda não para de crescer.
“Temos um programa que tem como objetivo analisar o motivo da internação do paciente, identificando o fator que esteja atrasando o início do tratamento, verificando troca de medicamentos, solicitação de exames, visando reduzir o tempo de internação hospitalar”, comentou.
O problema é que não há mais espaço físico no HE para a criação de novas enfermarias, por isso, informou, ainda há pacientes nos corredores.
“O governo tem trabalhado no novo HE da zona norte, e a Seinf está projetando pequenas ampliações no HE. Mas é preciso também que o Samu ajude na triagem, direcionando pacientes para as UPAs. Eu converso muito com os colegas do Samu, e em hipótese alguma o HE que atrapalhar o trabalho do Samu que é essencial”, ponderou.