Por SELES NAFES
O pedido de exoneração feito pelo então secretário de Saúde do Amapá, Gastão Calandrini, de 54 anos, causou surpresa dentro do governo e gerou uma série de especulações sobre os motivos da saída. Em entrevista ao Portal SelesNafes.Com, nesta segunda-feira (15), Calandrini revelou que precisa descansar.
“Estou cansado. São 2 anos e três meses. É uma secretaria muito complexa e desgastante. Acho que dei minha contribuição”, avaliou ele, durante a solenidade de repasse de R$ 22 milhões para prefeitos dos 16 municípios do Estado.
Calandrini fez um breve relatório de alguns avanços durante sua gestão, como a inauguração da Clínica de Nefrologia de Santana, das UPAs da Zona Sul e de Laranjal do Jari, além da contratação de pessoal.
“E agora, no fim de maio, será inaugurada a Maternidade da Zona Norte de Macapá”, adiantou.
Outra conquista foi acabar com os problemas corriqueiros no Programa de Tratamento Fora de Domicílio (TFD), especialmente na liberação de passagens aéreas aos pacientes e acompanhantes.
Apesar disso, nem tudo foram rosas na administração dele, que já começou em 2017 herdando problemas antigos. Calandrini deixa a Sesa sem ter acabado com as dívidas com prestadoras de serviço, especialmente com as empresas de asseio e vigilância. Só numa das empresas, a Vigex, os funcionários estão há sete meses sem receber salários.
“Na Sesa, a despesa é muito maior do que a receita”, finalizou.
Calandrini foi substituído pelo auditor fiscal da Receita Estadual, João Bitencourt, que tomou posse na segunda-feira.