Por RODRIGO INDINHO
A chegada do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PSL), para a inauguração do novo aeroporto de Macapá, na manhã desta sexta-feira (12), provocou a mobilização de vários grupos em reação à presença do chefe de Estado. Alguns deles são de apoio à gestão, ou simplesmente eleitores do presidente. Mas também foram articulados protestos de classes trabalhadoras, todos pacíficos.
Por causa do forte esquema de segurança, os manifestantes se concentram na Rua Vereador José Tupinambá, uma das duas vias de acesso ao Aeroporto Internacional Alberto Alcolumbre. Somente pessoas credenciadas podem participar da solenidade, que está agendada para as 11h.
Militares de diversos batalhões da Polícia Militar do Amapá controlam o acesso principal ao novo terminal de passageiros. Segundo a Infraero, o antigo terminal funcionará normalmente até as 12h, horário em que o novo entrará em funcionamento.
O Portal SelesNafes.Com conversou com alguns representantes dos movimentos. O líder da categoria dos vigilantes, Jaster Viana, explicou que o protesto pacífico visa chamar a atenção das autoridades para os salários atrasados da classe em contratos de vigilância com o poder público.
“Queremos chamar a atenção do Governo Federal para o que está ocorrendo com a classe no Amapá. Estamos passando por um descaso do governo local. Funcionários do contrato com a Sesa [Secretaria Estadual de Saúde], por exemplo, estão há sete meses sem receber seus salários. Já na Sead [Secretaria Estadual de Administração] já está indo para o quinto mês. E ninguém do governo nos dá satisfação. Não dá para trabalhar fiado”, protestou o vigilante.
Já o dirigente do Sindicato dos Servidores Públicos Federais e Civis do Amapá (Sindsep-AP), Marco Nunes, disse que os associados se uniram para, além do presidente, chamar a atenção dos parlamentares da bancada federal que estarão no evento, principalmente do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM).
“Estamos aproveitando o evento para tentar ser vistos e ouvidos na questão da dedicação exclusiva dos professores do Estado e dos Municípios, prevista em Emendas Constitucionais e legislações regulamentadoras. Estamos há mais de cinco anos nesta luta”, disse o dirigente, que representa a categoria dos professores.
Até momentos antes do início da cerimônia, a movimentação no entorno do aeroporto era tranquila.
Fotos: Rodrigo Indinho/SN