Presos quebram celas e instalações elétricas para “pescar”

Caso ocorreu no Centro de Custódia, onde os presos recebem ajuda de outros criminosos que passam pela rua e atiram objetos
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Por SELES NAFES

Agentes penitenciários de Oiapoque, cidade a 590 km de Macapá, continuam tendo muito trabalho para impedir que presos recebam materiais proibidos atirados por pessoas que passam pela rua.

O caso mais recente, ocorrido na última quinta-feira (25), só teve desfecho ontem (30), quando a Polícia Militar entrou no Centro de Custódia para dar suporte à revista dos sete agentes de plantão.

Os agentes sabiam que os presos haviam danificado a instalação elétrica das celas para improvisar uma “pescaria” usando ganchos e fios elétricos. Eles também danificaram uma tela colocada pelos agentes nas grades das janelas para dificultar a passagem de objetos.

“Teve o feriado, e foi complicado ter logo a PM para dar o suporte. Ontem de manhã os policiais chegaram e nos deram apoio na revista. Vale ressaltar que apreendemos os materiais antes de chegarem aos presos”, comentou o diretor do CCO, Roberto Magave.

Produtos que sempre são jogados por cima do muro: drogas e fumo

Policiais militares deram apoio à revista

Na revista foram encontrados os materiais usados nas pescarias. Normalmente, pessoas que passaram pela rua aproveitam a altura muito baixa do muro para atirar drogas, tabaco e cigarros, além de celulares.

Apesar da aparente fragilidade e do baixo contingente, os agentes têm conseguido evitar fugas há dois anos, e interceptam materiais proibidos antes de chegarem aos presos. A direção do CCO instalou câmeras de monitoramento que ajudam no trabalho.

O centro tem hoje 40 presos, mas possui capacidade para 50. Todos os detentos são provisórios, ou seja, ainda respondem a processos. Os crimes mais comuns são tráfico, violência doméstica, roubos e crimes sexuais.

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