Por RODRIGO INDINHO
O trabalho educativo de prevenção à dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela, realizado em escolas de Macapá, tem transformado as crianças em verdadeiros agentes de saúde mirins. A atividade é promovida pela Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS).
Ao aprender como identificar e combater o mosquito Aedes aegypti, elas tornam-se fiscais de suas próprias casas. É o caso de Frederico Filgueiras, de 12 anos, que já teve o pai e o irmão infectados pelo mosquito e contraíram dengue. O aluno participou, nesta sexta-feira (31), da programação de combate ao Aedes na Escola Estadual Lucimar Amoras Del Castillo. Ele assegura que levará a informação aprendida para casa e ensinará os pais e vizinhos.
“É importante porque explica como limpar as coisas e não deixar água acumulada e nem torneira pingando. A gente aprende brincando e vai passando para os outros. Vou levar para minha família, para não acontecer mais casos”, afirmou o estudante.
A aluna Idê Beatriz, do 7º ano, também já teve uma irmã com dengue e sempre cobra dos seus familiares para que não deixem o mosquito da dengue se proliferar.
“Temos que ter consciência do grande risco que o mosquito traz à saúde. Minha irmã já teve dengue uma vez. Não podemos acumular água em recipientes, e se deixar, a gente joga fora ou tampa. Nunca é demais lembrar”, ressaltou a estudante, depois de assistir a palestra.
Segundo o coordenador da vigilância ambiental da SVS, Waldir Bittencourt, capacitando os alunos, as possibilidades para a prevenção de saúde funcionar de maneira mais efetiva são maiores.
“O objetivo é esse: criar multiplicadores na comunidade, principalmente estudantes para a eliminação e promoção à saúde. Crianças e adolescentes estão sempre dispostos a aprender e a ensinar, então, capacitando-os, vamos melhorar ainda mais os índices de combate ao Aedes no Estado”, analisou Bittencourt.
Os estudantes também foram capacitados para o uso do aplicativo “Caça ao Mosquito”. Cerca de 100 alunos participaram da programação na escola Lucimar Amoras. A organização tem a meta de atender em 6 escolas neste primeiro semestre.
A programação é organizada pela SVS, em parceria com a Defesa Civil, Secretária Municipal de Educação (Semed), Programa Saúde nas Escolas (PSE) da Secretaria de Estado da Educação (Seed).