Execução teve 11 tiros na cabeça, revela polícia

Joziel do Carmo Pantoja cumpria pena em regime aberto domiciliar. Crime ocorreu na zona leste de Macapá.
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Por OLHO DE BOTO

O preso do regime aberto domiciliar executado na manhã nesta quarta-feira (22), na zona leste de Macapá, foi morto com pelo menos 11 tiros, dos quais a maioria atingiu a cabeça. A informação é da Delegacia de Homicídios (Decipe), da Polícia Civil do Amapá, que investiga o assassinado de Joziel do Carmo Pantoja, o “Cope”, de 36 anos, ocorrido por volta de 9h, no bairro Cidade Nova. O local é dominado por traficantes de drogas.

Condenado por tráfico de drogas, Cope cumpria o restante da pena em regime aberto domiciliar, há 4 anos. Ele estava sentado em frente à sua casa quando foi morto.

Segundo as investigações, antes de atirar, os bandidos posicionaram o carro na rua Ariosvaldo Coelho Caxias, pronto para fuga, de frente a avenida Pedro Américo, uma das principais vias e acesso ao bairro. Os vidros do veículo, de cor branca, estavam com uma película extremamente escura, impossibilitando a identificação dos ocupantes.

Delegado Wellington Ferraz: crime foi premeditado. Foto: Olho de Boto/SN

De acordo com o delegado Wellington Ferraz, os investigadores já descobriam que tinham quatro criminosos no carro, o motorista e outros três passageiros. Contudo, apenas um deles desceu do carro e fez os disparos. Em seguida, voltou para o veículo, que deixou o local rapidamente. O carro tinha numeração do município paraense de Altamira (PA), contudo, a polícia acredita que a placa era falsa.

De acordo com a polícia, o atirador, provavelmente, descarregou a pistola em cima de Joziel. Após acertar o primeiro disparo, a vítima correu para uma passarela de madeira, para tentar escapar, mas acabou caindo e foi alcançado pelo assassino. O restante dos disparos, à queima roupa, foram todos na cabeça.

“Segundo testemunhas, depois que ele [Joziel] caiu ferido, percebendo que ia morrer, ele teria gritado: Ai, meu Deus. Essas foram as últimas palavras dele”, revelou o delegado.

A polícia já sabe que arma usada é uma pistola de uso legalmente permitido apenas pelas Forças Armadas e Policiais. O delegado também destacou que o crime foi claramente premeditado.

“Pelo que entendemos, os criminosos sabiam da rotina do Cope. Sabiam os horários em que ele circulava pela rua, quando saía de casa. Eram nove horas da manhã, a circulação de pessoas já era intensa no bairro, mas, mesmo assim, o assassino não se intimidou”, analisou Ferraz.

Foto de capa: Divulgação/PC 

Seles Nafes
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