Por MARCO ANTÔNIO P. COSTA
Nesta quarta-feira (8), centenas de motoristas do aplicativo Uber do Amapá aderiram à greve mundial que reivindica melhorias para a categoria.
Charles Gonzales, presidente da Associação Amapaense de Motoristas de Aplicativo, explicou que a paralisação foi propagada à partir dos Estados Unidos, onde os motoristas aproveitaram que hoje é o dia da abertura do capital da empresa na bolsa de valores de Nova Iorque. O objetivo é chamar a atenção do mundo para as pautas do movimento.
Centralmente, a reivindicação é sobre a taxa de 25% que o Uber cobra no valor de cada corrida efetuada, fora as taxas de associação. Outra reivindicação importante é sobre o destino da corrida, que os motoristas só ficam sabendo a partir do início de cada viagem.
Segundo o líder da associação, outros aplicativos já permitem que o motorista saiba o destino final, o que é importante para a segurança dos motoristas em determinados horários e locais da cidade.
“O Amapá é muito carente, as ruas estão esburacadas e a gente sofre com essas taxas. O carro desvaloriza o tempo todo e a gente está lutando, né?”, afirmou o presidente da associação.
Administrador e com 42 anos de idade, Charles tinha uma empresa, teve problemas com um sócio e acabou de empresário para desempregado. E quando o Uber chegou virou sua fonte de renda, tendo que trabalhar mais de dez horas por dia para poder tirar uma renda mensal.
“A realidade dos colegas é essa, nosso país tem muito desemprego e o Uber e outros aplicativos são a oportunidade que estamos tendo para viver”.
Adesão
Segundo informação da associação, apesar de não ter números definidos, a adesão foi muito grande no Amapá e em outros estados do país, já que eles tem interação com as associações nacionais de motoristas de aplicativo. Serão 24 horas de aplicativo desligado, segundo informam.
Uber
O escritório do Uber no Amapá foi procurado pela reportagem do portal SelesNafes.com e declarou que não fará comentários sobre o movimento de paralisação.