Por RODRIGO INDINHO
Mães e crianças morrendo, superlotação, estrutura precária, falta de materiais correlatos e de condições de trabalho. Esses são alguns dos fatores que motivaram os profissionais do Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), a fazer na manhã desta quinta-feira (30) uma manifestação em busca de melhorias na casa de saúde.
Com faixas de protesto, apitos, camisas e balões pretos, os manifestantes se concentraram em frente à maternidade e seguiram em caminhada até a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Nem a chuva atrapalhou o movimento que aconteceu de forma pacífica.
A enfermeira Eudicleuce Félix, disse que se trata de um movimento apartidário, e que a única bandeira defendida é a da saúde das mulheres e das crianças que são atendidas no hospital.
“Não é um movimento contra ninguém nem a favor de ninguém de partido político. É um movimento que pede socorro. Estamos trabalhando numa situação de muita calamidade no atendimento dessas mulheres, nós temos uma redução significativa no número de profissionais, superlotação, seja, na área obstétrica ou na área neonatal, o que nos impede de fazer o atendimento correto”, informou.
Eloyane Dantas, Ruth Melo e Flávia do Amaral estão, cada uma, com seus bebês prematuros na UTI do hospital e aderiram o ato. Flávia teve que comprar até uma caixa de luvas para que fossem feitos os procedimentos em sua filha.
“Aqui falta medicamento e falta utensílios pros enfermeiros e técnicos trabalharem. Ainda há pouco, comprei uma caixa de luvas pra eles porque os bebês prematuros da UTI precisam de cuidados. Infelizmente o governo deveria olhar por esse lado, mas não, nos abandonou. É vergonhoso, então estamos nessa manifestação para cobrar nossos direitos”, protestou Flávia do Amaral.
O portal SelesNafes.com procurou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) que ficou de se posicionar sobre o assunto ainda pela manhã. Até esta publicação nenhuma resposta foi enviada.