Por SELES NAFES
O desembargador Manoel Brito, do Tribunal de Justiça do Amapá (Tjap), mandou soltar, no fim da tarde desta segunda-feira (13), o prefeito de Calçoene, Jones Cavalcante (PPS). Ele estava preso há mais de dois meses na penitenciária do Amapá, acusado pelo Ministério Público do Estado de desvios e fraudes em licitação.
Moradores de Calçoene relataram ao Portal SN que militantes e assessores comemoraram pelas ruas da cidade, a 370 km de Macapá, após a notícia da decisão da justiça. Houve até queima de fogos.
Jones foi preso no dia 8 de março a pedido do MP, sob alegação de garantia das ordens pública, econômica e da instrução criminal. O prefeito está sendo investigado no âmbito da Operação Sangria, deflagrada pelo MP no ano passado, e que investiga a suspeita de desvios de aproximadamente R$ 10 milhões. Entre as acusações, Jones estaria direcionando contratos para beneficiar uma empresa.
A defesa alegou que ele já foi afastado do cargo de prefeito pela Câmara de Vereadores, por isso não haveria mais razão para a manutenção da prisão preventiva.
Além disso, a defesa alegou que o prefeito tem família e residência fixa, e que o MP já havia encaminhado denúncia à justiça.
Ao libertar o prefeito afastado, o desembargador deixou claro que Jones Cavalcante terá de cumprir algumas regras, como não frequentar bares, boares e casas de show, utilizar tornozeleira eletrônica, estar em casa até às 18h, e permanecer na residência, integralmente, durante os dias de folga, fins de semana e feriados.
Ele ainda terá que manter pelo menos 100 metros de distância de todos os envolvidos nas investigações.